A Moody’s rebaixou nesta terça-feira a nota do governo da Venezuela de Caa1 para Caa3 e mudou a perspectiva de negativa para estável, após avaliar que o risco de falta de pagamento do país aumentou substancialmente. A Moody’s acrescentou que a forte queda dos preços internacionais do petróleo, principal fonte de divisas da Venezuela, motivou redução da classificação da dívida do país.
A agência de classificação de risco informou em comunicado que, se a Venezuela cair em default (falta de pagamento a credores), as perdas dos detentores de bônus superariam 50% de seus instrumentos de dívida. Desde que rebaixou há um ano os bônus venezuelanos em dólares de B2 para Caa1 com perspectiva negativa, a agência de classificação de risco tem alertado para um “substancial aumento” do risco de colapso econômico e financeiro no país.
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Desequilíbrio econômico – A Moody’s tem alertado a Venezuela sobre os “desequilíbrios macroeconômicos cada vez mais insustentáveis”, que incluem “um elevado nível de inflação e uma desvalorização da taxa de câmbio paralelo”. O governo do presidente Nicolás Maduro anunciou nas últimas semanas um plano de recuperação econômica, que deve incluir um novo sistema cambial e uma reforma tributária.
O plano foi anunciado depois de o Banco Central confirmar recessão econômica até o quarto trimestre e inflação de 63% até novembro de 2014. Maduro disse que a situação é consequência de uma “guerra econômica” de opositores para boicotar sua gestão e da queda dos preços internacionais do petróleo provocada pelos Estados Unidos.
(Com agência EFE)