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Monti pede pressa em reforma trabalhista na Itália

Primeiro-ministro italiano, Mario Monti, recusa-se a flexibilizar projeto enviado ao Parlamento e pede sua rápida aprovação

Por Da Redação
4 abr 2012, 09h55
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  • Sindicatos e partidos de centro-esquerda estão relutantes em aceitar novas reformas, já que a pressão do mercado diminuiu e o foco da crise transferiu-se para a Espanha

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    A Itália precisa aprovar rapidamente as reformas trabalhistas para convencer credores sobre seu esforço em melhorar o desempenho econômico e endireitar as finanças públicas, disse o primeiro-ministro Mario Monti num alerta aos políticos nesta quarta-feira.

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    Depois de tomar posse no ano passado com a tarefa de conduzir um gabinete tecnocrata que tirasse a Itália da beira de um abismo financeiro, Monti aprovou rapidamente medidas para cortar gastos e elevar a arrecadação governamental. Contudo, sindicatos e partidos de centro-esquerda estão relutantes em aceitar novas reformas, já que a pressão do mercado financeiro sobre o país diminuiu e o foco da crise europeia transferiu-se para a Espanha.

    Analistas e investidores, no entanto, continuam considerando que a reforma trabalhista, que facilita os trâmites para demissão de funcionários, é crucial para a modernização da economia local.

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    Em entrevista ao jornal italiano La Stampa, Monti disse que a reforma trabalhista será apresentada ao Parlamento basicamente na mesma forma como foi aprovada no mês passado pelo gabinete. “Para o impacto geral da reforma, não é só o conteúdo que é importante, mas também a velocidade com que o Parlamento realiza o exame necessário”, afirmou ele, pedindo pressa aos partidos aliados PDL (centro-direita) e PD (centro-esquerda).

    O apelo estava dirigido especialmente ao líder do PD, Pier Luigi Bersani, que se opõe a partes importantes da reforma, junto com a CGIL, principal central sindical do país, tradicional aliada da esquerda. “Consideramos que o tempo para consultas a parceiros sociais terminou”, acrescentou.

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    Monti diz que as medidas são necessárias para flexibilizar o mercado de trabalho, e as atenções estão voltadas especialmente para o artigo 18 do código trabalhista, que restringe a demissão de trabalhadores com contratos permanentes, o que, segundo o governo, é um desestímulo à abertura de vagas.

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    A CGIL e outros críticos à esquerda dizem que as propostas não estimularão a contratação de empregados e deixarão um grande contingente de trabalhadores, principalmente jovens, condenados a contratos temporários, com poucos benefícios e perspectivas de crescimento. A GCIL promete, inclusive, uma mobilização de trabalhadores contra as reformas, com um dia de greve geral.

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    Na entrevista ao La Stampa, Monti reiterou que a Itália não precisará de novas medidas de austeridade, pois já tem suficiente margem de manobra para alcançar sua meta de equilibrar o orçamento em 2013.

    Um relatório sigiloso da Comissão Europeia citado nesta terça-feira pelo jornal britânico Financial Times sugere que as metas italianas de redução de déficit estariam ameaçadas por causa da recessão e dos juros altos, e que novas medidas de consolidação poderiam ser necessárias. Monti rejeitou essa tese, dizendo que a meta orçamentária baseia-se no pagamento de juros de 7% sobre os títulos públicos durante 2012 – índice bem superior ao praticado atualmente – e que não inclui um possível aumento de arrecadação resultante do combate à evasão tributária.

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    (Com agência Reuters)

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