Cerca de 29 mil trabalhadores de montadoras do ABC Paulista planejam cruzar os braços a partir desta quarta-feira. O Sindicato dos Metalúrgicos da região definiu na semana passada que os funcionários que não recebessem até esta terça-feira o reajuste salarial de 8% (1,55% de ganho real) parariam as atividades. O número representa aproximadamente 30% dos 96 mil filiados à entidade. Os outros 67 mil trabalhadores terão o aumento e trabalharão normalmente.
De acordo com o sindicato, os trabalhadores estão reunidos em assembleias desde a madrugada e uma definição sobre a greve pode sair ainda hoje.
Boa parte das empresas que não concordaram com os termos atua no setor de máquinas e equipamentos, emprega menos de 100 funcionários e enfrenta problemas financeiros. Na semana passada, elas ofereceram apenas a reposição da inflação ao longo dos últimos 12 meses baseada no Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), que equivale a 6,35%. Como não houve consenso, o sindicato autorizou que os funcionários de cada fábrica negociassem separadamente com os patrões.
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Interior – Longe do ABC, metalúrgicos e trabalhadores de outras categorias seguem em greve ou buscam acordos salariais. Representantes dos funcionários do setor químico se reúnem na quinta-feira com a cúpula da Associação Brasileira da Indústria Química (Abiquim) para discutir o assunto. Em Pindamonhangaba (SP), 2,2 mil funcionários da Gerdau estão parados há quatro dias.
Em São José dos Campos (SP), metalúrgicos da Embraer fizeram protesto e aprovaram aviso de greve nesta quarta-feira contra a proposta de reajuste salarial de 6,6% (0,24% de ganho real). Os funcionários pedem 10% de reajuste salarial (6,35% de inflação baseada no INPC e 3,43% de aumento real). O Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos e Região informou que trabalhadores de 26 fábricas na região já fecharam acordos por aumento salarial de 9% a 11%.
(Com agência Reuters e Estadão Conteúdo)