As expectativas de inflação dos economistas do mercado financeiro para este ano subiram ligeiramente, de 3,45% para 3,50%. É a quarta semana consecutiva de alta nesta previsão, segundo o Boletim Focus divulgado nesta segunda-feira. Nos dois casos, as contas continuaram abaixo do piso da meta oficial de inflação, de 4,5% – que tem margem de tolerância de 1,5 ponto percentual.
Em julho, o reajuste dos preços voltou a ganhar algum impulso, mas ainda dando conforto para que o Banco Central continue no seu caminho de redução dos juros básicos. O IPCA subiu 0,24% no mês passado, acima do esperado e puxado pelos preços maiores de energia elétrica e dos combustíveis, segundo divulgou o IBGE na última semana. No acumulado de 12 meses, a alta foi de 2,71%.
Outra indicação no Focus desta semana é a de que o mercado passou a considerar que o BC manterá o ritmo de corte dos juros básicos no próximo mês, em meio ao cenário de inflação e atividade econômica fracas.
O levantamento, que ouve cerca de uma centena de economistas todas as semanas, mostrou que a Selic deve ir a 8,25% em setembro, sobre 8,38% esperados até então, na próxima reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do BC. A mediana das expectativas continuou mostrando que a taxa de juros fechará este ano a 7,50%, patamar que deve permanecer até o fim de 2018.
Atividade
Para a atividade econômica, os economistas mantiveram a previsão de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) deste ano a 0,34%, depois de dois anos seguidos de recessão, e a 2% em 2018. No entanto, passaram a ver melhor desempenho para a produção industrial, com expansão de 1,03% neste ano, ante 0,81% antes. Para 2018, no entanto, as contas recuaram um pouco, com crescimento esperado de 2,01%, frente a 2,06%.
(Com Reuters)