O mercado reduziu a previsão para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) em 2012 e manteve a estimativa para a Selic. De acordo com relatório Focus do Banco Central (BC), divulgado nesta segunda-feira, a previsão é de que o PIB crescerá 3,09%, ante 3,2% no relatório da semana passada; e a taxa básica de juros do país encerrará 2012 a 8% ao ano.
Para 2013, as contas dos agentes consultados pelo BC são de expansão de 4,5% para o PIB, ante 4,3% no último relatório.
A flexibilização da política monetária é uma das armas usadas pelo governo para estimular o crescimento econômico. Até então, o objetivo era garantir uma expansão na casa de 4% do Produto Interno Bruto (PIB) neste ano.
Entretanto, já há avaliações dentro da própria equipe econômica da presidente Dilma Rousseff de que a expansão pode ser bem mais modesta, perto de 3,2%.
Um sinal de alerta surgiu na semana passada para a economia brasileira. O BC divulgou na sexta-feira que o Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br), considerado uma espécie de sinalizador do PIB, desacelerou para uma alta de 0,15% no primeiro trimestre deste ano ante o anterior. Entre outubro e dezembro passados o indicador havia mostrado expansão de 0,2% sobre o trimestre imediatamente anterior.
O documento mostrou ainda que o mercado continua acreditando que o BC reduzirá a Selic dos atuais 9% ao ano para 8,5% na próxima reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), em maio.
A projeção do mercado vai ao encontro da última sinalização do presidente do BC Alexandre Tombini. A redução nas taxas de juros no país deve ser mantida, um processo que no futuro tem de ser feito com “parcimônia e cuidado”, afirmou o presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, em entrevista publicada neste domingo pelo jornal O Globo.
Inflação – O Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que mede a inflação oficial, também foi ajustado para baixo. O mercado prevê, para o final de 2012, inflação de 5,21% – a previsão anterior era levemente superior, 5,22%.
Para 2013, a previsão para a inflação oficial subiu para 5,6%, também levemente superior aos 5,53% registrados da semana anterior.
Câmbio – Para os agentes do mercado financeiro ouvidos na pesquisa semanal, a taxa de câmbio no fim de 2012 deve ficar em 1,85 real por dólar, exatamente a mesma da semana passada. Para 2013, a estimativa também não foi alterada, permanecendo em 1,85 real por dólar.
(Com agência Reuters)
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