Trabalhadores do McDonald’s na Malásia acusam a empresa de ter lhes explorado. Dentre os abusos, estariam retenção de passaportes, atraso nos pagamentos e salários extremamente baixos. A informação foi publicada nesta segunda-feira no jornal britânico The Guardian.
Segundo a reportagem, o problema está ligado à contratação de mão de obra recrutada pela empresa Human Connection HR. Essa empresa foi a selecionada para selecionar trabalhadores para os restaurantes de Kuala Lumpur, capital da Malásia. Os empregados são do Nepal, e dizem que seus passaportes foram retidos, o que contraria as leis malaias.
Os funcionários alegam também que tinham seus pagamentos atrasados por meses, e até por anos, em alguns casos. A remuneração seria de cerca de 60 centavos de libra por hora (cerca de 2,55 reais). Também, a empresa lhes cobrava taxas sobre os rendimentos, que comprometiam 25% do valor recebido. “Nós não tínhamos dinheiro para comer porque não éramos pagos regularmente”, disse um deles ao Guardian. A publicação entrevistou 15 nepaleses que trabalhavam nos restaurantes da capital.
Em nota ao jornal britânico, o McDonald’s disse que já tinha suspendido seu contrato com a Human Connection. “Anteriormente, neste ano, tomamos o conhecimento de certas circunstâncias envolvendo os serviços prestados pela Human Connection HR que não estavam de acordo com os nossos padrões. Como resultado disso, nós terminamos o contrato com a empresa”, disse o McDonald’s