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Mais otimista, indústria registra recuperação de empregos em abril

Segundo dados do PMI, setor aposta que aperfeiçoamento da vacinação contra a Covid-19 levará a menos lockdowns e aumento da produção

Por Luisa Purchio Atualizado em 3 Maio 2021, 12h05 - Publicado em 3 Maio 2021, 11h48
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  • Um alento foi dado nesta segunda-feira, 3, após as desanimadoras notícias sobre o aumento do desemprego no país no fim da semana passada, com os dados de fevereiro. O PMI industrial brasileiro, divulgado pela consultoria britânica IHS Markit, aponta que em abril o índice de emprego no setor aumentou, inclusive com reposição de funcionários dispensados ao longo da crise. O nível geral de sentimento positivo em abril aumentou em relação ao mês anterior foi acima da média do longo prazo e decorre das perspectivas futuras de recuperação da economia como fruto de uma melhor capacidade de vacinação contra a pandemia de Covid-19.

    “As empresas contrataram mão de obra extra e se mostraram mais otimistas em relação ao futuro”, diz Pollyanna De Lima, diretora associada de Economia da IHS Markit. “Os participantes da pesquisa veem a luz no fim do túnel, e muitos acreditam que uma maior disponibilidade de vacinas ajudará a reduzir o ritmo de contágio e superar as restrições. As expectativas dos negócios melhoraram em abril, com o otimismo fundamentando a renovação na criação de empregos”, diz ela.

    Em abril, o Índice Gerente de Compras do setor industrial do Brasil (PMI) ficou em 52,3, queda de 0,5 em relação ao ano anterior. Esta foi a segunda queda mensal consecutiva, porém menor que a apurada no mês anterior. O número acima de 50 aponta expansão no setor, decorrente principalmente do aumento da demanda internacional, consequência positiva da depreciação do real. Os pedidos para exportação tiveram aumento marginal no terceiro mês consecutivo.

    Inflação

    A taxa de inflação sobre os preços de venda teve a terceira alta mais rápida desde o início da pesquisa, em fevereiro de 2006. Os dados vão ao encontro do boletim Focus divulgado nesta segunda-feira, pelo Banco Central, que apontou uma expectativa do mercado de alta de 5,04% da inflação em 2021.

    Essa pressão sobre os preços em abril ocorreu devido ao forte aumento dos custos, atribuídos à valorização do dólar em relação ao real e à escassez de matéria-prima, que também levou a um aumento nos prazos de entrega pelos fabricantes. O desempenho dos fornecedores se deteriorou bastante, mas de forma mais fraca desde o início da pandemia.

    Além das pressões sobre o preço, o IHS Markit mostrou que a indústria brasileira foi impactada negativamente em abril pelos novos fechamentos da economia decorrentes da Covid-19, o que causou uma diminuição na produção e na compra de insumos no mês com a queda do ritmo de compras.

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