Na VEJA Online, com Agência Estado:
O ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, disse nesta quarta-feira que um novo aumento do preço dos combustíveis é necessário, mas reforçou que ainda não há decisão do governo sobre o assunto. “Reajuste é necessário. Reajuste é uma possibilidade, não é uma decisão. A grande preocupação é com o impacto na inflação”, disse.
Lobão participa de cerimônia de lançamento do Plano Nacional de Gestão de Risco e Resposta a Desastres Naturais e inauguração das novas instalações do Centro Nacional de Gerenciamento de Risco e Desastres (Cenad), em Brasília.
O ministro já havia admitido em julho que o preço da gasolina pode subir ainda neste ano e que, desta vez, o reajuste será sentido pelo consumidor. “Nós podemos, creio eu, imaginar que ainda neste ano possa haver uma revisão desses preços de combustíveis já na bomba”, disse em entrevista à Globo News.
Em junho, a Petrobras conseguiu reajustar o preço da gasolina em 7,8%, mas o aumento não teve impacto no preço cobrado nas bombas porque o governo resolveu zerar a alíquota da Cide, um imposto que incide sobre os combustíveis.
Nesta segunda-feira, a presidente da Petrobras, Maria das Graças Foster, fez uma forte crítica à gestão da quinta maior petroleira do mundo, que registrou no segundo trimestre seu pior desempenho em 13 anos. Ela afirmou que a defasagem no preço dos derivados vendidos no Brasil está entre os fatores que justificam o mal desempenho da companhia. Outros elementos seriam a desvalorização do real (a empresa têm dívida e altos custos em dólares), o fechamento ou abandono de 41 poços perfurados entre 2009 e 2012, a queda na produção de petróleo, maiores custos de extração e mais importações de gás devido a um aumento do consumo das termoelétricas.