A Justiça atendeu o pedido do Ministério Público do Rio Grande do Sul e soltou nesta sexta-feira três suspeitos no esquema de adulteração do leite no estado. As prisões haviam ocorrido na última quarta-feira.
O transportador Antenor Signor, o irmão dele, o agricultor Adelar Signor, e o motorista Odirlei Fogalli, moradores da cidade de Rondinha, aguardarão o andamento do inquérito em liberdade. Os suspeitos poderão até responder ao processo longe da prisão, beneficiados por terem colaborado com a investigação.
Em depoimento, o transportador Antenor Signor admitiu que adulterava o leite adicionando uma mistura de ureia e água ao volume que recolhia de produtores rurais. Depois, ele entregava o leite em um posto de resfriamento na cidade de Selbach, de onde a carga era enviada à Confepar, uma cooperativa do Paraná.
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Ao mesmo tempo, Antenor inocentou seu irmão, afirmando que ele não participava da fraude. Já Odirlei Fogalli também conduzia caminhões de recolhimento de leite na região e teria conhecimento da adulteração.
A Confepar emitiu nota afirmando que as suspeitas de que comprava leite adulterado são infundadas e “uma estratégia da quadrilha responsável pela adulteração” para, com isso, “desviar a atenção da mídia e da investigação para as indústrias”.
Desde que os promotores e uma força policial começaram a cumprir mandados de prisão, no dia 8 de maio, foram detidos 13 acusados. Os três liberados nesta sexta-feira se somam a outros dois que foram soltos no mesmo dia do depoimento, em 8 de maio – os outros oito continuam presos.
(com Estadão Conteúdo)