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JBS coloca os pés na Oscar Freire com inédita loja-conceito da Swift

Abertura de casa no coração dos Jardins quebra um paradigma do varejo de carnes, em nova estratégia ousada da principal empresa dos irmãos Batista

Por Marcelo Sakate Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 19 dez 2018, 10h23 - Publicado em 18 dez 2018, 20h37
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  • Loja-conceito que a Swift vai abrir na rua Oscar Freire, em São Paulo (SP) (Marcelo Sakate/VEJA)

    José Batista Sobrinho, o Zé Mineiro, o patriarca da família Batista, abriu a Casa de Carne Mineira na cidade de Anápolis, no interior de Goiás, em 1953. Foi ali o início do império que se tornou a JBS, hoje o maior grupo de proteína animal do mundo. Desde então, a empresa ganhou o Brasil e alguns dos maiores mercados externos, como o americano, o chinês e o europeu. Mas um passo simbólico e inédito será dado nesta quinta-feira (dia 20), com a abertura da primeira loja-conceito da marca Swift, localizada na rua Oscar Freire, um dos pontos comerciais mais caros do país, no bairro dos Jardins, em São Paulo.

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    O ponto escolhido pela Swift foi a esquina da Oscar Freire com a rua Padre João Manuel, próximo de alguns dos melhores restaurantes da capital paulista – o estrelado japonês Nobu, famoso em Nova York, acabou de abrir sua primeira unidade no Brasil a apenas duas quadras dali. É uma quebra de paradigma para o varejo. Não faz muito tempo, a compra de carnes exigia a ida a um açougue tradicional ou ao supermercado. Nos últimos anos, no entanto, espalharam-se pelas cidades brasileiras as chamadas boutiques de carne, com cortes premium, que custam mais caro que os tradicionais. Entraram em bairros de classe média alta, como Pinheiros e Moema. Mas não no coração dos Jardins.

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    A Swift, por sua vez, foi a marca escolhida pela JBS – há cerca de três anos – para chegar ao consumidor dispensando a intermediação de açougues ou supermercados. Faz parte da estratégia de investir em produtos mais caros, com margens de ganho maiores, voltados para famílias de maior poder aquisitivo. Na ocasião, a JBS começou a abrir lojas próprias com a marca Swift no estado de São Paulo, principalmente na capital. Já são quase cem unidades, que seguem uma padronização visual do lado de fora e no interior, na apresentação dos produtos, com fácil circulação, mas sem a opulência da nova casa na Oscar Freire. O carro-chefe são as carnes congeladas, quebrando outro estigma da venda de carnes, em que a preferência se dá pelo alimento in natura.

    “Há um objetivo claro nessa estratégia em que a indústria vai direto ao consumidor: a construção e o fortalecimento da marca”, diz Alexandre van Beeck, sócio-diretor da GS&Consult, consultoria especializada em varejo do Grupo GS&Gouvêa de Souza. Ele observa que, em supermercados, é difícil fazer a diferenciação das marcas de carnes nas geladeiras. Na loja própria, por outro lado, a Swift consegue criar uma experiência de compra, com atendimento personalizado e maior oferta de cortes. E também consegue fazer uso da inteligência de dados para entender os hábitos e as preferências dos consumidores. A estratégia da JBS tem causado descontentamento das principais redes de supermercados, por causa da concorrência.

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    A loja-conceito na Oscar Freire tem um espaço no andar de cima que poderá ser utilizado para eventos, embora a JBS não tenha se pronunciado a respeito. A empresa limitou-se a apenas divulgar um comunicado sucinto: “O lançamento (da loja) também serve de apoio à estratégia de levar o modelo Swift ao varejo – a marca lançou neste ano suas primeiras unidades em supermercados como mais uma opção aos varejistas.” É uma referência ao conceito chamado de “store in store” (loja dentro da loja), em que supermercados abrem um espaço dedicado a produtos de apenas uma marca, com visual destacado.

    O silêncio faz parte da estratégia da empresa e da família Batista, dos irmãos Joesley e Wesley, de fugir dos holofotes e de aparições na mídia e de só se manifestar em eventos corporativos obrigatórios – como a divulgação de resultados trimestrais -, principalmente depois do acordo de leniência acertado pela holding J&F, que controla a JBS, com o Ministério Público Federal. Para a abertura do espaço nos Jardins, está previsto apenas um evento com influenciadores digitais, sem a presença da imprensa ou de convidados.

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