A inflação oficial do país, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), ficou positiva em 0,48% em setembro, segundo dados divulgados nesta sexta-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Foi a maior taxa para o mês desde 2015, quando o IPCA apontou inflação de 0,54%
No acumulado dos últimos doze meses, a inflação acumula uma alta de 4,53%, próximo à meta estabelecida pelo governo para 2018, de 4,5%. Em igual período de 2017, o IPCA acumulava alta de 2,54%.
O item transportes foi o que mais contribuiu para o aumento. No mês, os preços de combustíveis subiram 4,18%. Em doze meses, os combustíveis já acumulam uma inflação de 17,69%. Os principais motivos para esse resultado estão relacionados à alta do dólar no período e à valorização do petróleo no mercado internacional. A Petrobras tem adotado a política de repasses automáticos de preços.
Essas razões também pressionaram os valores de passagens aéreas, que subiram em média 16,81%. O consumidor, porém, pode não ter percebido tanto a alta, já que, em agosto, esse item havia indicado deflação de 26,12%. A variação, contudo, também ajudou a pressionar o conjunto de transportes em setembro.
Foram justamente os preços de transporte que fizeram com que, em agosto, o IPCA registrasse deflação de 0,09%. A gasolina passou de uma queda de 1,45%, em agosto, para alta 3,94%, em setembro. O etanol fez o mesmo movimento, passando de uma deflação de 4,69%, em agosto, para 5,42%, em setembro. Aconteceu o mesmo com o óleo diesel: queda de 0,29%, em agosto, e alta de 6,91%, em setembro.
Também exerceram um impacto positivo sobre o IPCA os itens despesas pessoais, que subiram 0,38%, habitação, 0,37%, saúde e cuidados pessoais, 0,28%, educação, 0,24%, artigos de residência, 0,11%, e alimentação e bebidas, 0,1%. Apenas comunicação e vestuário tiveram queda dos preços médios em setembro, de 0,07% e 0,02%, respectivamente.