O fundador do Facebook, Mark Zuckerberg, deveria ser afastado do cargo de presidente do conselho de administração para recuperar a confiança do público, disse Scott Stringer, responsável por supervisionar um fundo de pensão que tem mais de 1 bilhão de dólares (cerca de 3,3 bilhões de reais) em ações da rede social.
A declaração foi dada ao site CNBC após a rede social compartilhar os dados de 50 milhões de usuários com a consultoria Cambridge Analytica, que participou da campanha de Donald Trump à Presidência dos Estados Unidos.
Stringer sugere que o Facebook contrate um presidente independente para o conselho. “Também precisamos de mais diretores independentes com mais experiência em termos de dados e ética e todas as coisas de que essas grandes empresas emergentes precisam depois do que aconteceu [escândalo da Cambridge Analytica]”.
Zuckerberg já admitiu que o Facebook errou e pediu desculpas pela falha. “Temos a responsabilidade de proteger seus dados, se não pudermos, não merecemos servi-los”, escreveu Mark Zuckerberg em sua primeira reação pública desde que o escândalo veio à tona.
O escândalo derrubou o preço das ações da companhia, desvalorizando seu valor de mercado, e gerou questionamentos por parte do Congresso dos EUA e do Parlamento britânico.
“É a oitava maior companhia do mundo. Eles têm 2 bilhões de usuários. Estão navegando em águas desconhecidas e não se comportaram de uma forma que deixasse as pessoas seguras sobre seus próprios dados”, disse o chefe da Controladoria de Contas de Nova York à CNBC.