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Insatisfação trabalhista pode inviabilizar reeleição de Sarkozy

Por Catherine Bremer PARIS, 12 Abr (Reuters) – Arrastando-se na entrada de Paris, com bolhas nos pés após dez dias de marcha a partir de uma siderúrgica ameaçada de fechamento no nordeste da França, o metalúrgico Jerome Baroin não queria nem ouvir falar na possibilidade de o presidente Nicolas Sarkozy ser reeleito. “Sarkozy não fez […]

Por Da Redação
12 abr 2012, 10h22
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  • Por Catherine Bremer

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    PARIS, 12 Abr (Reuters) – Arrastando-se na entrada de Paris, com bolhas nos pés após dez dias de marcha a partir de uma siderúrgica ameaçada de fechamento no nordeste da França, o metalúrgico Jerome Baroin não queria nem ouvir falar na possibilidade de o presidente Nicolas Sarkozy ser reeleito.

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    “Sarkozy não fez nada por nós. Suas promessas são só mentiras”, disse Baroin, de 29 anos, que percorreu 350 quilômetros na companhia de 17 colegas a partir da fábrica desativada de Florange, na fronteira com a Alemanha.

    Os metalúrgicos têm uma queixa bem específica: no começo da atual campanha, o presidente conservador disse ter selado um acordo com a ArcelorMittal, proprietária da usina, para religar as fornalhas, mas a empresa posteriormente disse que só fará isso quando a economia se recuperar.

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    Mas o protesto desse grupo simboliza uma insatisfação mais generalizada dos trabalhadores contra o governo francês. As pesquisas dizem que Sarkozy não está conseguindo repetir o apoio proletário que o ajudou a ser eleito pela primeira vez em 2007, quando seu slogan era “trabalhar mais para ganhar mais”.

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    Desta vez, as pesquisas mostram que 60 por cento dos trabalhadores apoiam o socialista François Hollande nas simulações para o segundo turno, a ser disputado em maio, enquanto Sarkozy fica com os 40 por cento restantes.

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    Em 2007, no segundo turno, Sarkozy teve 52 por cento dos votos.

    Operários e aposentados compõem um quinto do eleitorado, e são politicamente mais volúveis do que outros grupos sociais – talvez porque sua baixa renda os torne mais receptivos a promessas de campanha, segundo analistas.

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    Desde o início da campanha, Sarkozy e Hollande percorrem fábricas do país inteiro, prometendo salvar indústrias e empregos.

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    Durante o mandato de Sarkozy, 350 mil empregos industriais foram perdidos, o que faz com que ele seja recebido de braços cruzados e olhares frios em muitas fábricas. Hollande, que gosta de botar capacete e de subir em carros de som de sindicatos, se sai só um pouco melhor.

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    Na reta final para o primeiro turno, em 22 de abril, as pesquisas mostram que os trabalhadores estão desiludidos com o presidente, mas não chegam a se entusiasmar pelo candidato socialista.

    A ultradireita ainda atrai a maior parte do eleitorado proletário, mas um crescente grupo está trocando Marine Le Pen, da Frente Nacional, pelo ultraesquerdista Jean-Luc Melenchon.

    Esse é outro golpe para Sarkozy, que espera contar com o apoio da direita no segundo turno, enquanto a tendência do eleitorado de Melenchon é votar em Hollande na hora da decisão.

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    Para o primeiro turno, o instituto BVA diz que Hollande tem 22 por cento das intenções de voto entre os trabalhadores; Sarkozy tem 20, e Melenchon saltou de 7 por cento em janeiro para 16 agora.

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