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Inflação deve fechar pela 1ª vez abaixo do piso da meta

Se confirmado o resultado, o presidente do BC, Ilan Goldfajn, terá que escrever uma carta aberta explicando o fracasso em cumprir o objetivo

Por Reuters
Atualizado em 10 jan 2018, 11h51 - Publicado em 9 jan 2018, 16h11
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  • A inflação deve ter encerrado 2017 abaixo do piso da meta pela primeira vez desde o início do regime de metas, permitindo que o Banco Central mantenha os juros em mínimas históricas enquanto a economia ganha vapor, mostrou pesquisa da Reuters divulgada nesta terça-feira.

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    O IPCA provavelmente subiu 2,80% no ano passado, de acordo com a mediana de 26 estimativas, a menor taxa para o ano desde 1998.

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    Até a projeção mais alta coloca a inflação abaixo do piso da meta, de 4,5% com margem de 1,5 ponto percentual para mais ou para menos, mesmo quando arredondada para um único dígito após a vírgula.

    Se confirmado o resultado, o presidente do BC, Ilan Goldfajn, terá que escrever uma carta aberta explicando o fracasso em cumprir o objetivo.

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    “O BC pode ter tranquilidade para manter a taxa de juros abaixo do juro neutro para estimular a atividade,” disse o economista-chefe do Banco J. Safra e ex-secretário do Tesouro Nacional, Carlos Kawall.

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    Ele espera que o BC corte a Selic em 0,25 ponto percentual em fevereiro, a 6,75%, e a mantenha nesse patamar até o fim do ano.

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    Os juros futuros, no entanto, sugerem que uma minoria importante dos operadores aposta em uma redução adicional de 0,25 ponto em março, cenário que pode ganhar força se a inflação surpreender para baixo em dezembro.

    Os dados, que serão publicados na quarta-feira às 9h, devem mostrar ainda que o IPCA subiu 0,30% em dezembro em relação ao mês anterior, mostrou a pesquisa.

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    A inflação vem sofrendo o impacto de um período mais longo e mais profundo que o esperado de queda dos preços de alimentos, resultado da forte safra agrícola.

    A inesperada decisão de cortar as tarifas elétricas no fim do ano também contribuiu para reduzir a pressão, embora muitos analistas esperem que os preços de energia sigam elevados em 2018.

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    Mas mesmo descontando esses efeitos, a inflação deve ficar contida nos próximos meses diante da queda lenta da taxa de desemprego, que continua nos dois dígitos.

    Kawall estima que, descontados os componentes de alimentos e preços regulados, a inflação deve ficar em 3,9% em 2018, ainda abaixo da meta.

    Isso sugere que a postura dura do BC no ano passado e promessas de austeridade do governo foram bem-sucedidas em ancorar as expectativas para este ano.

    “Isso permite que o BC mantenha os juros em nível baixo não só porque a inflação está fraca, mas também porque o juro neutro caiu”, disse Kawall.

    Kawall estimou o juro real neutro em cerca de 5 por cento atualmente. Ele ressaltou que a taxa pode recuar ainda mais se medidas fiscais, como a reforma da Previdência, forem aprovadas.

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