A inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) subiu 0,32% em fevereiro. É o resultado mais baixo para o mês desde 2000, segundo divulgou o IBGE nesta sexta-feira. Com o resultado, o acumulado nos dois primeiros meses do ano é de 0,61%. A meta de inflação para 2018 é de 4,5%, com margem de tolerância de 1,5 ponto porcentual.
A maior parte do aumento da inflação no último mês ocorreu por causa de reajustes no grupo educação. Os avanços nos preços do grupo foram responsáveis por 59% da alta do IPCA. O movimento acontece por causa principalmente por causa de reajustes em preços de mensalidade de cursos regulares – comuns em início de ano letivo – que subiram 5,23%.
Outro grupo cuja alta teve grande impacto em fevereiro foi o de transportes. Os destaques entre esses itens foram os aumentos do preço de ônibus urbano (1,90%) e da gasolina (0,85%). “Cabe destacar a variação de 1,73% no item táxi, reflexo do reajuste de 7,39% no Rio de Janeiro (5,94%), em vigor desde 24 de janeiro”, diz o IBGE.
Na outra ponta, os grupos alimentação e bebidas e vestuário registraram queda nos preços. “Considerando os alimentos para consumo em casa, com exceção de Belém (0,29%), as regiões pesquisadas mostraram preços em queda, indo de -0,16% em Porto Alegre até -1,29% em Campo Grande”, diz o IBGE.
A instituição indica que houve quedas em vários produtos importantes nas mesas dos brasileiros, como carnes (1,09%) e frutas (1,13%). As principais quedas foram no preço do alho (4,79%), cenoura (3,88%) e batata-inglesa (3,57%). O grupo alimentação corresponde a um quarto dos gastos médios das famílias no país.