Espera-se que o Parlamento vote nesta quarta-feira o pacote do primeiro-ministro Antonis Samaras de 13,5 bilhões de euros
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O governo da Grécia apresentará nesta segunda-feira um novo pacote de austeridade ao Parlamento. Enquanto o Poder Executivo aguarda a aprovação do Legislativo para sancionar os novos cortes que permitirão ao país receber mais ajuda e evitar a bancarrota, os cidadãos preparam mais uma semana de greves de protestos.
Espera-se que o Parlamento vote o pacote do primeiro-ministro Antonis Samaras de 13,5 bilhões de euros em cortes de despesas e aumentos de impostos nesta quarta-feira, juntamente com medidas que deixam mais fácil contratar e demitir funcionários.
Apesar da exasperação pública em quatro anos de aperto que ajudou a destruir um quinto da economia e deixar um quarto dos gregos desempregados, o pacote e o rigoroso orçamento devem passar pelo Parlamento.
Greve – Os principais sindicatos dos setores público e privado iniciarão uma greve de 48 horas contra a nova legislação nesta terça-feira e planejam marchar pelo centro de Atenas. Jornalistas, médicos, funcionários do setor de transporte e lojistas também estão planejando interromper suas funções. Nesta segunda-feira, a capital grega sofre com uma paralisação de 24 horas do sistema de transporte.
Nova ajuda – A aprovação das reformas e do orçamento de 2013 é crucial para destravar 31,5 bilhões de euros em ajuda do resgate do Fundo Monetário Internacional (FMI) e da União Europeia (UE) que está preso desde maio.
“Estes serão os últimos cortes em salários e aposentadorias”, disse Samaras no domingo em discurso aos membros de seu partido, o Nova Democracia. “Prometemos evitar que o país deixe a zona do euro e é isso que estamos fazendo. Demos prioridade absoluta a isso porque, se não conseguirmos isso, todo o resto não fará sentido.”
Líderes de sindicatos dizem que as medidas irão simplesmente aprofundar a recessão, que deve continuar no ano que vem. “Nossa ação trabalhista será parte dos esforços para evitar as políticas que aprofundarão a recessão do país e destruirão a estrutura da sociedade”, afirmou o presidente do sindicato central do setor privado GSEE, Yannis Panagopoulos.
(com agência Reuters)