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Grande demais para quebrar, Espanha pede apoio europeu

Governo espanhol cobra mais políticas de integração na zona do euro e afirma que a moeda única deve ser vista como um projeto irreversível

Por Da Redação
5 jun 2012, 14h37
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  • A Espanha afirmou nesta terça-feira que não poderá ser resgatada, caso haja um colapso, devido ao tamanho de sua economia, mas admitiu que as tensões atuais dificultam seu acesso aos mercados e pediu para que a Europa apoie aos países com problemas.

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    O país é a quarta economia da zona do euro, na qual representa 12% do PIB total, frente a 6% de Irlanda, Portugal e Grécia juntos. Os resgates desses três países custaram, respectivamente, 85, 78 e 292 bilhões de euros, o que permite calcular um custo muito mais elevado para Madri.

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    Após o resgate histórico de 23,5 bilhões de euros solicitado em maio pelo Bankia, terceiro banco do país em número de ativos, a Espanha está no centro das preocupações da Eurozona, já que os investidores temem que a nação não consiga fazer frente por si só a suas obrigações financeiras e tenha que pedir ajuda externa. “Este não será o caso, porque, entre outras coisas, a Espanha não é resgatável, no sentido técnico do termo”, disse o ministro da Fazenda, Cristóbal Montoro, em uma entrevista a rádio Onda Zero.

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    Segundo Montoro, para fazer o que a Espanha está fazendo (voltar à estabilidade orçamentária através da reforma da Constituição, para sanear o setor bancário e reforçar o mercado de trabalho), não é preciso ajuda externa. “O que precisamos é de mais Europa, mais mecanismos próprios de integração”, disse o ministro. “Nosso futuro está na Europa, no euro”, completou.

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    Para o chefe do governo espanhol, Mariano Rajoy, a Europa “precisa apoiar” os países em dificuldades, pedindo ajuda em um momento no qual seu país atravessa fortes tensões nos mercados, o que dificulta seu financiamento.

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    “A Europa precisa dizer para onde vai para ter unidade, precisa dizer que o euro é um projeto irreversível e que não está em jogo”, disse Rajoy ante o Senado, destacando que o problema “mais urgente” da Espanha é o “problema de financiamento”.

    Segundo Rajoy, o país precisa de uma maior integração fiscal, uma união bancária com o eurobônus, com um supervisor bancário e um fundo de garantia de depósitos europeus. “Isso é o que defendo ante o Conselho Europeu”, disse.

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    Madri defende que o fundo de resgate europeu, o futuro MEE, possa recapitalizar diretamente os bancos espanhóis: esta ajuda pontual estaria longe de um plano de resgate, que põe os países sob tutela de instituições internacionais.

    “Vemos como extraordinariamente acertada sua reflexão (da Comissão Europeia) sobre a necessidade de integrar a supervisão bancária, os fundos de garantia de depósitos e a criação de instrumentos para a capitalização direta dos bancos europeus”, declarou no sábado o chefe do governo espanhol, Mariano Rajoy.

    Para que se realize a união bancária, a Espanha está, inclusive, disposta a ceder mais “soberania, em particular, no âmbito fiscal”, disse, defendendo uma “autoridade fiscal europeia” que levaria a “um controle centralizado das finanças”.

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    Enquanto que os analistas creem que a Espanha precisa de algo entre 60 e 200 bilhões de euros para recapitalizar a seus bancos, o ministro da Fazenda afirmou nesta terça-feira que a cifra que necessita o setor bancário espanhol para recapitalizar-se não é muito alta. “Não é uma cifra excessiva”, afirmou.

    O montante dependerá do resultado que está sendo examinado por parte das agências classificadoras e também pelo FMI, que sairá logo.

    O FMI entregará seu relatório no dia 11 de junho e, cerca de uma semana depois, as auditorias Roland Berger e Oliver Wyman tornarão públicas suas próprias auditorias.

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    Estas últimas consistem em uma avaliação geral dos balanços bancários da Espanha e de sua capacidade de resistência ante um cenário adverso”, especialmente uma profunda recessão, com um resultado que “será conhecido na segunda quinzena de junho”, segundo o Banco da Espanha.

    Um segundo estudo, das auditoras Deloitte, KPMG, PwC e Ernst & Young, cifrará as necessidades do setor, debilitado por sua exposição ao setor imobiliário: avaliará “a deterioração dos ativos bancários” e as provisões previstas para fazer-lhe frente, cujos resultados serão conhecidos nos próximos meses”.

    (Com Agência France-Presse)

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