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‘Governo quer que a indústria sobreviva’, diz Mantega

Ministro da Fazenda afirma que a visão sobre como enfrentar a crise é convergente e que desoneração da folha de outros setores será anunciada em breve

Por Lucas Sampaio
26 mar 2012, 22h04
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  • Após participar da reunião do conselho diretor da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) na noite desta segunda-feira, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, disse que o governo está em sintonia com o setor sobre quais medidas tomar para salvar a indústria brasileira.

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    O ministro afirmou que discutiu com os empresários, durante a reunião, os grandes problemas que afetam a indústria do país e como enfrentá-los. “Existe uma visão convergente do governo com a indústria sobre como enfrentar a crise”. Para Mantega, é apenas uma questão de acertar o passo. “Eles sempre querem uma desoneração maior, mas os caminhos são convergentes. O governo quer que a indústria sobreviva”.

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    Desoneração da folha – Apesar de não ter anunciado nenhuma medida concreta na coletiva de imprensa realizada na sede da Fiesp após a reunião, o ministro da Fazenda disse que falta se reunir com poucos setores da indústria para anunciar a ampliação da desoneração da folha de pagamentos.

    “Já discutimos com a maioria deles. Faltam um ou dois setores, que vou conversar essa semana”, disse Mantega, sem dar prazos. “Será o mais breve possível”. Ele disse que, dentro das medidas de desoneração que serão anunciadas, haverá preferência por setores que utilizam mão de obra intensiva e empregam muitas pessoas – e citou as indústias de autopeças, móveis, naval e de aviação.

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    Plano Brasil Maior – Em agosto do ano passado, o governo anunciou o Plano Brasil Maior, com medidas de incentivo à indústria nacional, mas que ainda não foram completamente implementadas e frustraram as expectativas do setor industrial e da própria presidente da República. O plano anunciava a desonerada sa folha de pagamentos de alguns setores em caráter “experimental”. Foi substituída a contribuição de 20% ao INSS por uma taxa sobre o faturamento de quatro setores da indústria. As alíquotas médias definidas foram de 1,5% para calçados, têxteis e móveis e de 2,5% para software.

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    Desta vez, Mantega promete que a alíquota será menor, possivelmente abaixo de 1,5%. O plano também incluía, entre outras medidas, a devolução de PIS/Cofins para exportadores de manufaturados, a criação de um fundo de financiamento a exportação e um regime tributário especial para o setor automotivo.

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    Ele disse, à época, que a desoneração da folha de pagamento era “fundamental” para que o setor produtivo no Brasil reduzisse seus custos de produção e se tornasse mais competitivo. “A desoneração da folha de pagamento de quatro setores é experimental, mas a ideia é generalizá-la no futuro”.

    Consumo – Além da desoneração, Mantega deixou clara – mais uma vez – a intenção de estimular o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) por meio da movimentação do varejo. Daí a prorrogação da redução do IPI para bens de consumo, as novas alíquotas para alguns materiais para construção e o IPI zero para móveis. “Queremos movimentar os grandes magazines que vendem móveis. Isso ajuda a reduzir na reforma e ajuda na casa própria”, afirmou o ministro.

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    Mantega ainda disse que a Fazenda optou por contemplar os setores mais afetados pela crise mundial – e que as medidas anunciadas nesta segunda-feira devem estimular a indústria de construção. “Os setores que tiveram redução de vendas e têm impacto importante na produção e na renda acabam tendo um efeito multiplicador na indústria, além de sofrerem concorrência internacional”, disse o ministro, evidenciando mais uma vez a preocupação do governo com a falta de competitividade do produto brasileiro ante a concorrência internacional. “Não será a crise que derrubará a indústria brasileira”, afirmou.

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