O Ministério da Infraestrutura publicou nesta segunda-feira, 18, no Diário Oficial da União, o chamamento público de interessados em realizar estudos técnicos para a concessão de 22 aeroportos. Na sexta-feira, 15, o governo leiloou outros 12 terminais, com um ágio médio de 990%.
Segundo o texto, os 22 projetos vão estar separados em três blocos: Sul, composto pelos aeroportos de Curitiba, Foz do Iguaçu, Navegantes/SC, Londrina, Joinville, Bacacheri/PR, Pelotas, Uruguaiana e Bagé; Norte, com Manaus, Porto Velho, Rio Branco, Cruzeiro do Sul/AC, Tabatinga/AM, Tefé/AM e Boa Vista; e Central, que engloba as infraestruturas de Goiânia, São Luís, Teresina, Palmas, Petrolina e Imperatriz.
Os interessados têm até 30 dias para se manifestar. Com os estudos, o governo lista quais as obras devem ser feitas nos aeroportos e depois coloca essas modificações como parte das condições para os concorrentes nos leilões.
O ministro da infraestrutura, Tarcísio Gomes, confirmou a medida via Twitter.
Essa será a sexta rodada de concessões de aeroportos e a previsão é que o leilão com os 22 terminais ocorra em agosto de 2020.
A quinta rodada ocorreu na sexta-feira, 15, quando o governo arrecadou 2,377 bilhões de reais em outorga no leilão de 12 terminais, valor superior aos 2,1 bilhões de reais previstos inicialmente. Na comparação com o lance mínimo definido pelo governo, que era de 218,8 milhões de reais, a soma dos lances vitoriosos teve ágio médio de 990%.
O resultado superou a expectativa do governo e foi considerado por especialistas um sucesso para a retomada de investimentos em infraestrutura no país _setor essencial para o crescimento da economia brasileira.
Os investidores estrangeiros ficaram com a maior fatia do leilão. Numa disputa marcada por muitas ofertas, o grupo espanhol Aena Desarrollo Internacional (que administra o aeroporto de Barajas, em Madri) arrematou o bloco do Nordeste por 1,900 bilhão de reais. Já os terminais do Sudeste ficaram com o grupo suíço Zurich Airport (operador do Aeroporto de Zurich), com oferta de 437 milhões de reais. O bloco do Centro-Oeste, o menor dos três, teve como proposta vencedora a do Consórcio Aeroeste, formado pelas empresas rodoviárias Socicam (responsável pelo Terminal Tietê, em SP) e a Sinart, de 40 milhões de reais.