O Ministério do Planejamento e Orçamento trabalha com projeção de crescimento de 2,8% para a economia em 2025, nível maior que os 2,2% estimados para este ano. A projeção consta no projeto da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), apresentado nesta segunda-feira, 15, pelo executivo.
Para a inflação, o governo prevê que o IPCA encerre o próximo ano em 3,1%, ligeiramente acima da meta estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional, de 3%.
As estimativas do governo são mais otimistas que a do mercado. De acordo com o Boletim Focus, o PIB deve avançar 2% no próximo ano e o IPCA ficará em 3,56% em 2025.
Com essa atividade mais robusta prevista pelo Executivo, o crescimento da economia acomoda parte do ajuste fiscal. “A atividade permite uma trajetória mais estável e ainda que tenhamos feito o reajuste na trajetória do resultado primário é uma discussão de equilíbrio no ponto positivo”, afirmou o secretário do Tesouro Nacional, Rogério Ceron. No projeto da LDO, o governo alterou as projeções da meta fiscal para os próximos anos. Em 2025, o governo prevê déficit zero, mesma meta deste ano. A projeção inicial era de um superávit primário de 0,5% do PIB.
Segundo Ceron, apesar da projeção de crescimento e da revisão das metas fiscais — para evitar contingenciamentos –, é necessário que medidas que aumentem gastos públicos venham acompanhadas de contrapartida para que haja cumprimento da meta fiscal.
Tramitação
A LDO chega ao Congresso e será encaminhada para a Comissão Mista de Orçamento, formada por deputados e senadores, responsável por emitir parecer. Os parlamentares podem alterar o texto na tramitação. Depois da CMO, o texto vai para o plenário, em sessão conjunta da Câmara e do Senado. O projeto precisa ser votado e aprovado até 17 de julho para que o Congresso entre em recesso.
Com a aprovação, será enviado ao presidente da República para sanção (concordância) ou veto (discordância), parcial ou total. Com a LDO em mãos, o governo tem até 31 de agosto para enviar a Lei Orçamentária Anual (LOA) para o Congresso.