O presidente eleito Jair Bolsonaro entrou de vez na campanha de aprovar parte da Reforma da Previdência ainda este ano, embora líderes do Congresso sejam contra. Mesmo que tenha que fazer novas mudanças em 2019, a parte mais controversa, que estabelece uma idade mínima, já estaria definida para o início de seu governo.
“Gostaríamos que saísse alguma coisa. E não é o que nós queremos ou o que a equipe econômica quer, mas o que a gente pode aprovar na Câmara ou no Senado”, afirmou, após almoçar no comando da Marinha, nesta terça-feira (6). Antes, Bolsonaro participou da solenidade em celebração dos 30 anos da Constituição Federal.
A jornalistas, Bolsonaro disse ainda que mesmo que tivesse que ser reduzida a proposta para idade mínima, de 65 para 62 anos, seria a favor e que se valeria de seu atual mandato de deputado federal para ajudar na votação. “Sou deputado ainda. Se houver votação, darei meu voto.”
O futuro ministro da Economia, Paulo Guedes, também defendeu a votação. “Seria um saldo positivo para o governo que sai e para o que entra”, afirmou o guru econômico de Bolsonaro.
Guedes também defendeu a adoção do sistema de capitalização em substituição ao regime de repartição, vigente. Até setembro, o rombo da Previdência somou 157 bilhões, o que supera os orçamentos de Saúde, Educação e Segurança Pública. Na segunda, Bolsonaro disse que não estava totalmente convencido de que a proposta de seu assessor econômico era o sistema adequado para o Brasil.