As reformas estruturais dominaram a primeira manhã da reunião financeira das 20 maiores potências do mundo, o G-20, que acontece em Xangai, na China. No “Seminário de Alto Nível sobre Reforma Estrutural”, autoridades como o ministro de Finanças da China, Jiwei Lou, e a diretora-gerente do Fundo Monetário Internacional, Christine Lagarde, exaltaram a necessidade de reformas. Lou sugeriu a criação de uma ferramenta que permita avaliar o avanço do tema em cada país. Na plateia, um dos presentes era o ministro da Fazenda, Nelson Barbosa.
“O crescimento da economia depende de reformas estruturais e esse crescimento está relacionado com fatores como a produtividade”, disse Lou. A uma plateia composta por ministros de Finanças e presidentes de bancos centrais das 20 maiores economias do mundo, o anfitrião exaltou o grupo a se comprometer a acelerar as reformas necessárias para todo o grupo.
Entre os temas que precisam de reformas estruturais, o ministro da China citou como exemplo a reforma do mercado de trabalho com a redução de barreiras na relação entre empregado e empregador, a reforma da previdência social e também medidas para fortalecer a estabilidade financeira.
No mesmo painel, a diretora-gerente do FMI reforçou o discurso ao citar que a atual situação econômica global aumenta a urgência sobre o tema. “Há crescimento modesto das economias desenvolvidas e alguns dos grandes emergentes têm sinais de estresse. Reformas permitem a retomada do crescimento sustentável e inclusivo”, disse Lagarde.
Por enquanto, o grupo tem como principal meta uma grande lista com 800 compromissos estabelecidos em 2014 na reunião do G-20 em Brisbane, na Austrália. Na ocasião, o grupo se comprometeu com medidas e reformas para permitir a aceleração do crescimento econômico global 2 pontos porcentuais em horizonte de cinco anos.
O G20 é formado pelos países industrializados do G7 (Alemanha, Canadá, Estados Unidos, França, Itália, Japão e Reino Unido); por 12 emergentes (Arábia Saudita, Argentina, Austrália, Brasil, China, Coreia do Sul, Índia, Indonésia, México, Rússia, África do Sul e Turquia) e pela União Europeia (UE).
O grupo surgiu após a crise asiática de 1997 e teve grande visibilidade como fórum de coordenação durante a crise financeira global de 2007-2008, realizando cúpulas anuais.
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(Com Estadão Conteúdo e France-Presse)