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Funcionários públicos gregos protestam em Atenas e Tessalônica

Dezenas de milhares de funcionários públicos gregos saíram às ruas nesta quarta-feira em Atenas e Tessalônica (norte) para protestar contra as medidas de austeridade, em um ambiente tenso que teve como saldo 10 pessoas detidas. Em um momento em que o fantasma do default ronda este país altamente endividado, as forças policiais lançaram bombas de […]

Por Por Isabel Malsang
5 out 2011, 17h08
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  • Dezenas de milhares de funcionários públicos gregos saíram às ruas nesta quarta-feira em Atenas e Tessalônica (norte) para protestar contra as medidas de austeridade, em um ambiente tenso que teve como saldo 10 pessoas detidas.

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    Em um momento em que o fantasma do default ronda este país altamente endividado, as forças policiais lançaram bombas de gás lacrimogêneo contra dezenas de jovens encapuzados que atiravam garrafas e pedras à margem da manifestação de Atenas, que reuniu cerca de 18.000 pessoas, segundo a polícia.

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    Ao menos quatro pessoas – dois policiais e dois fotógrafos – ficaram feridos, entre eles um jornalista da AFP, que recebeu um golpe no rosto do escudo de um policial.

    Fontes policiais anunciaram a prisão de uma dezena de pessoas.

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    Em Tessalônica, cerca de 10.000 pessoas saíram às ruas para protestar, segundo dados policiais.

    “Não à inatividade parcial que supõe demissão”, proclamava o cartaz principal do sindicato Adedy, que lidera o protesto, em referência ao projeto de levar ao desemprego técnico 30.000 funcionários públicos até o fim do ano, em uma tentativa de reduzir com urgência os gastos públicos do país e evitar o default.

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    Levantando bandeiras negras, arqueólogos do Ministério da Cultura, funcionários do Tesouro, do Desenvolvimento e de empresas públicas como a Eydap (água), Trainose (ferrovias), gritavam slogans “contra a política do governo, a UE e o FMI”, os principais credores do país.

    Estes credores obrigaram o governo socialista a adotar medidas drásticas para reduzir os gastos, o que afeta de forma especial o setor público.

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    “Não ao desemprego parcial, não às demissões, não à miséria”, podia ser lido em um cartaz.

    O ministro da Economia, Michalis Chryssohoides, em uma entrevista que será divulgada na quinta-feira na Alemanha, confirmou que a situação do país é “bastante desesperadora”.

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    “A quebra de um país da Zona Euro seria uma catástrofe porque teria um efeito dominó”, advertiu.

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    Em resposta a esse pedido de socorro, o diretor para a Europa do Fundo Monetário Internacional (FMI), Antonio Borges, afirmou nesta quarta-feira que o segundo plano de ajuda à Grécia decidido em 21 de julho pela União Europeia, e que ainda não foi aplicado, deveria ser revisado para colocar ênfase na retomada econômica.

    A chanceler alemã, Angela Merkel, reiterou em Bruxelas que a Grécia deverá continuar “fazendo parte da Zona Euro”, enquanto considerou “justificado” recapitalizar os bancos europeus que correm o risco de sofrer por conta de um default na região.

    Nesta quarta-feira, na Grécia, escolas e museus permaneceram fechados, muitos voos foram cancelados e hospitais funcionavam em meio período por conta da greve, que afetou também o funcionamento de alguns trens e o dos tribunais, mas os transportes públicos urbanos funcionaram em Atenas.

    Milhares de estudantes também protestaram em Atenas e Tessalônica pedindo “livros, professores e escolas”. Vários colégios foram ocupados nestes últimos dias por estudantes que protestam contra a falta de livros.

    Uma greve geral tanto no setor público como no privado está prevista para 19 de outubro, convocada pelos sindicatos Adedy e GSEE.

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