O Fundo Monetário Internacional (FMI) anunciou nesta segunda-feira a incorporação da moeda chinesa, o yuan, em sua cesta oficial de divisas, um sinal de que o organismo reconhece o poder crescente do país na economia mundial. Assim, o yuan (ou iuane, também chamado de renminbi) junta-se ao dólar, ao euro, ao iene e à libra esterlina na cesta de moedas que o FMI utiliza como um ativo internacional de reservas.
“Essa decisão é um marco importante na integração da economia chinesa ao sistema financeiro mundial”, disse a diretora-gerente do FMI Christine Lagarde. “Também é um importante reconhecimento aos progressos feitos nos últimos anos pelas autoridades chinesas para reformar o sistema monetário e financeiro do país.”
A decisão do Comitê Executivo do FMI, que representa os 188 países-membros da organização, impulsiona o objetivo de Pequim de colocar o yuan entre as principais moedas do mundo. A China, a segunda maior economia do planeta, solicitou no ano passado ao FMI o ingresso do yuan na cesta de moedas que formam os Direitos Especiais de Saque (SDR, na sigla em inglês). Os SDR são um instrumento monetário do FMI que servem principalmente para estimar as taxas de juros dos empréstimos que a instituição concede.
A avaliação internacional, no entanto, era que a divisa chinesa sofria muito controle para ser incorporada na cesta de moedas. Agora, o yuan foi considerado ajustado aos critérios requeridos pelo FMI – o que não deixa de ser um sinal de que o gigante asiático precisará ser mais transparente com suas finanças.
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(Com AFP)