Último mês: Veja por apenas 4,00/mês
Continua após publicidade

FMI corta em mais da metade a previsão para o PIB do Brasil em 2019

Segundo o fundo, incertezas na aprovação da reforma da Previdência desanimaram investidores; previsão anterior, feita em abril, era de 2,1%

Por da Redação
Atualizado em 4 jun 2024, 15h19 - Publicado em 23 jul 2019, 11h28
  • Seguir materia Seguindo materia
  • Sede do FMI em Washington
    Sede do FMI em Washington (Chip Somodevilla/Getty Images/VEJA)

    O Fundo Monetário Internacional (FMI) cortou de 2,1% para 0,8% a estimativa de crescimento do Brasil em 2019. A projeção para o produto interno bruto (PIB) está no relatório Perspectivas Econômicas Globais, divulgado nesta terça-feira, 23, pela entidade, que revisou o crescimento global para o ano. Segundo o fundo, a situação do Brasil acontece porque “a confiança enfraqueceu consideravelmente, à medida que persiste a incerteza sobre a aprovação da reforma da Previdência e outras reformas estruturais”.

    A revisão de 1,3 ponto porcentual da estimativa de abril entra em linha com o que o mercado financeiro e o próprio governo esperam para o desenvolvimento do PIB do Brasil para este ano. Analistas de mercado mostram que o país deve crescer 0,82%, de acordo com previsões divulgadas pelo Boletim Focus na segunda-feira. Já o governo federal revisou a previsão para 0,81%, em projeção anunciada no começo de julho.

    A reforma da Previdência que foi aprovada em primeiro turno na Câmara dos Deputados tem impacto fiscal calculado em 933,5 bilhões de reais. Para entrar em vigor, o projeto precisa do aval dos deputados em segundo turno e ainda terá de passar no Senado.

    O documento do FMI foi elaborado antes do anúncio de medidas de estímulo econômico como a liberação de recursos do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), que deve ser detalhada nesta quarta-feira, 24.

    Continua após a publicidade

    O crescimento da América Latina também foi revisado. A estimativa é que a economia da região cresça 0,6% este ano, um corte de 0,8 ponto porcentual em relação ao último cálculo de abril. Para 2020, a previsão também foi ajustada ligeiramente para baixo, para 2,3%. “Na América Latina, a atividade desacelerou significativamente no início do ano em várias economias, principalmente devido a fatores regionais”, disse o fundo, que pediu aos governos que regulem os gastos fiscais e o endividamento.

    As disputas tarifárias e os embates por acordos comerciais, junto com o aumento da dívida e a incapacidade de levar adiante as grandes reformas macroeconômicas, prejudicaram as perspectivas do Brasil e do México, as principais economias latino-americanas, disse o FMI.

    Crescimento global

    Mais tarifas entre Estados Unidos e China, taxas sobre automóveis ou um Brexit desordenado podem desacelerar ainda mais o crescimento, enfraquecer investimentos e prejudicar cadeias de fornecimento, avaliou o FMI ao revisar de 3,3% para 3,2% o crescimento da economia mundial para este ano.

    Segundo o Fundo, dados econômicos divulgados até agora neste ano e inflação em geral fraca apontam para atividade global mais fraca que o esperado, com tensões comerciais e tecnológicas e crescentes pressões desinflacionárias representando riscos futuros.

    Continua após a publicidade

    O fundo cortou sua previsão de crescimento do comércio global em 0,9 ponto porcentual, para 2,5% em 2019. O comércio deve se recuperar e crescer 3,7% em 2020, cerca de 0,2 ponto porcentual a menos do que o projetado inicialmente. O crescimento do volume de comércio caiu para cerca de 0,5% no primeiro trimestre, disse o FMI, com a desaceleração atingindo principalmente países asiáticos emergentes.

    “O principal fator de risco à economia global é que desdobramentos adversos – incluindo tarifas adicionais entre EUA e China, tarifas de automóveis dos EUA, ou um Brexit sem acordo – minam a confiança, enfraquecem o investimento, deslocam cadeias globais de fornecimento e desaceleram severamente o crescimento global para abaixo do cenário básico”, disse o FMI.

    (Com Reuters)

    Publicidade
    Publicidade

    Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

    Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

    Veja e Vote.

    A síntese sempre atualizada de tudo que acontece nas Eleições 2024.

    OFERTA
    VEJA E VOTE

    Digital Veja e Vote
    Digital Veja e Vote

    Acesso ilimitado aos sites, apps, edições digitais e acervos de todas as marcas Abril

    1 Mês por 4,00

    Impressa + Digital
    Impressa + Digital

    Receba 4 Revistas no mês e tenha toda semana uma nova edição na sua casa (equivalente a 12,50 por revista)

    a partir de 49,90/mês

    *Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
    *Pagamento único anual de R$118,80, equivalente a 9,90/mês.

    PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
    Fechar

    Não vá embora sem ler essa matéria!
    Assista um anúncio e leia grátis
    CLIQUE AQUI.