A América Latina deve crescer mais do que o esperado, de acordo com o Fundo Monetário Internacional (FMI). Em seu relatório Perspectivas Econômicas Globais, o órgão prevê que a economia dos países latinos vai expandir 3,7% em 2012, contra 3,6% da previsão anterior, feita em janeiro.
Já para 2013, o FMI acredita em alta de 4,1% no Produto Interno Bruto (PIB) da região. Anteriormente a aposta era em 3,9% de crescimento econômico no ano que vem. No caso da inflação, o número deve ficar em torno de 6,4% em 2012 e 5,9% em 2013.
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Brasil – O FMI também afirmou que a política monetária do Brasil já foi relaxada e que os riscos de superaquecimento recuaram, o que não significa que o país esteja numa situação sem ameaças. “O crédito elevado e o crescimento das importações sugerem que os riscos de superaquecimento não estão completamente sob controle e poderiam ressurgir se o fluxo de capital retornar aos níveis anteriores”, afirma o Fundo, referindo-se aos patamares vistos antes de haver nova piora no cenário global.
O FMI prevê que a inflação no Brasil, medida pelo índice de preços ao consumidor, ficará em 5,2% neste ano e em 5% em 2013, em comparação com 6,6% em 2011. Para o crescimento econômico, a projeção é de expansão no PIB de 3,0% em 2012 (mesma do relatório anterior) e de 4,1% em 2013 (0,1 ponto percentual maior).
Segundo o FMI, o desafio dos países emergentes é calibrar adequadamente as políticas para gerenciar os riscos negativos vindos da zona do euro. Ao mesmo tempo, essas economias devem tratar das pressões vindas de atividade forte, crescimento do crédito, superaquecimento, fluxos de capitais voláteis, preços ainda elevados das commodities e renovados riscos à inflação e às posições fiscais.
Mundo – O Fundo também elevou nesta terça-feira sua previsão de crescimento mundial, para 3,5% em 2012, apesar da “anemia” na recuperação econômica do Ocidente. O organismo financeiro internacional pediu aos países ocidentais para que tomassem medidas para remediar seus problemas econômicos e advertiu que os principais riscos estão na queda de crescimento da zona do euro e em uma eventual crise petroleira.
(com EFE e Agência Estado)