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Fitch corta classificação da dívida de Portugal

Lisboa, 24 nov (EFE).- A agência de medição de risco Fitch cortou nesta quinta-feira em um degrau a nota da dívida portuguesa, para o nível de ‘BB+’, de ‘bônus lixo’, e decidiu mantê-la sob perspectiva negativa, com possibilidade de novos rebaixamentos. Além da Fitch, a agência Moody’s situa a dívida soberana lusa no nível de […]

Por Da Redação
24 nov 2011, 09h41
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  • Lisboa, 24 nov (EFE).- A agência de medição de risco Fitch cortou nesta quinta-feira em um degrau a nota da dívida portuguesa, para o nível de ‘BB+’, de ‘bônus lixo’, e decidiu mantê-la sob perspectiva negativa, com possibilidade de novos rebaixamentos.

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    Além da Fitch, a agência Moody’s situa a dívida soberana lusa no nível de bônus lixo, e somente a Standard & Poor’s, entre as três grandes empresas do setor, a mantém em um degrau superior.

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    Fitch previu em comunicado panorama macroeconômico adverso no país, com sérios problemas de déficit fiscal, estimativa de queda do Produto Interno Bruto de 3% para o próximo ano e forte endividamento.

    Apesar do entorno negativo, a agência considera possível que Portugal, que pediu resgate financeiro internacional em maio, cumpra as metas de redução do déficit e elogiou o programa de ajuste econômico aplicado pelo Governo conservador.

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    O rebaixamento da nota foi anunciado no dia em que Portugal vive uma greve geral convocada pelas grandes centrais sindicais em protesto pelas medidas econômicas do Executivo, que derrubou do poder os socialistas nas eleições antecipadas de junho.

    Fitch, assim como as demais grandes agências de medição de risco, mantinha em vigilância Portugal para possíveis cortes, mas havia optado por adiar uma possível reclassificação até o fim do ano.

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    Em 4 de outubro, a Standard & Poor’s tomou decisão similar e manteve a nota de Portugal no mesmo nível de ‘BBB-‘, cotação dada então pela Fitch, e também com perspectivas negativas, embora ressaltou a determinação de Lisboa em aplicar os ajustes econômicos necessários.

    Esta agência recomendou medidas adicionais de austeridade para o cumprimento dos objetivos fixados pela União Europeia e o Fundo Monetário Internacional (FMI) quando concederam a Portugal, em maio, um resgate financeiro de 78 bilhões de euros.

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    A terceira grande agência de medição, Moody’s, reduziu em 5 de julho, a classificação lusa em quatro níveis, para ‘Ba2’, dois degraus a menos que a aplicada pela Standard & Poor’s com relação à nota atual de Fitch.

    Esta classificadora explicou nesta quinta que sua decisão sobre Portugal leva em conta as piores perspectivas do conjunto da Europa. Assinalou ainda que as reformas estruturais empreendidas por Lisboa vão melhorar a competitividade do país no longo prazo.

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    Para Fitch, as piores ameaças sobre Portugal surgem da fragilidade de sua economia, que estará em recessão pelos próximos dois anos, e de seu efeito sobre os ativos financeiros.

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    Com tudo considera que se cumprirão as reduções do déficit fiscal, que foi de 9,8% em 2010, previstas tanto para este ano (5,9%) quanto para o próximo (4,5%).

    A entidade lembra que a dívida estatal passará de 93,3% do PIB registrado em 2010 para 110% neste ano e 116% no fim de 2013, quando se prevê que alcance o ponto mais alto, com os planos de saneamento econômico alcançando sucesso.

    Fitch adverte além dos riscos da crise da dívida soberana para o sistema bancário luso, com um dos piores índices de endividamento do setor privado europeu e ressalta a necessidade de recapitalizar as instituições financeiras como está previsto no resgate de Portugal. EFE

    ecs/dm

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