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Executivos da JBS pagarão mais de R$ 900 mil em acordo com a CVM

Membros da diretoria do frigorífico são acusados de praticar operações financeiras ilegais

Por Da Redação
13 mar 2014, 11h23
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  • Executivos da processadora de carne JBS irão pagar um total de 919.342,42 reais em um termo de compromisso feito com a Comissão de Valores Mobiliários (CVM), segundo decisão da autarquia publicada no Diário Oficial desta quinta-feira. Wesley Mendonça Batista, presidente global da JBS, e Eliseo Santiago Perez Fernandez, diretor executivo de administração e controle da empresa, foram acusados de terem feito aplicações e resgates antecipados de títulos CDBs junto ao Banco Original, do mesmo controlador da JBS, entre agosto e setembro de 2011. Tanto o Original quanto o frigorífico pertencem à holding J&F, administrada pelo irmão de Wesley, Joesley Batista, também investigado por fraudes financeiras.

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    A maior parte do montante, 766,118 mil reais, será paga à JBS, enquanto o restante, 153,223 mil reais, à CVM, com valores corrigidos pela taxa Selic. A investigação contra os dois foi aberta pela CVM em abril de 2013.

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    Polícia Federal indicia Joesley Batista e Kátia Rabello

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    Cenário – Joesley Batista, da J&F, e a ex-presidente do Banco Rural, Kátia Rabello, também foram indiciados pela Polícia Federal recentemente, acusados de uma triangulação financeira de 160 milhões de reais. A operação, conhecida no mercado como “troca de chumbo”, geralmente é usada para simular negócios e inflar balanços.

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    A investigação da Polícia Federal chamou a atenção para empréstimos feitos em datas muito próximas entre empresas dos dois grupos. Em 22 de dezembro de 2011, o Rural emprestou 80 milhões de reais ao grupo J&F Participações S/A e à empresa Flora Produtos de Higiene e Limpeza, que pertence ao J&F. No mesmo dia em que as empresas do grupo J&F receberam os empréstimos em suas contas no Banco Rural, o dinheiro foi transferido às contas no banco Original.

    Quatro dias depois, o banco Original repassou os 80 milhões de reais para a Trapézio S/A, empresa holding que controlava as instituições financeiras do Rural. Três dias depois dessa transação, a Trapézio aplicou parte do valor (65 milhões de reais) no aumento de capital social do banco Rural, ao integralizar ações ordinárias nominativas. Na época, o Rural era pressionado pelo BC a reforçar seu capital. Com a operação, o Rural obteve a “folga” financeira necessária.

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    Outro ponto que chamou a atenção da Polícia Federal foi o fato de o próprio banco Original ter indicado que as condições para o empréstimo para a Trapézio eram desfavoráveis. O empréstimo correspondia a 4,5 vezes o patrimônio líquido da Trapézio em novembro daquele ano. Na classificação de risco feita pelo Original, a nota da Trapézio era D-.

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    A PF também chamou a atenção para o fato de que as empresas tomadoras dos empréstimos não tinham relacionamento bancário com as instituições financeiras até a véspera da operação de crédito. A Trapézio abriu uma conta no Original uma semana antes da liberação dos recursos. A Flora Produtos abriu a conta no Rural um dia antes de conseguir o empréstimo e a J&F Participações, apenas três dias antes.

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    A pena pela fraude é de até seis anos de reclusão, além de multa. Ambos negam a acusação justificando que as operações foram independentes.

    (com agência Reuters e Estadão Conteúdo)

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