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Europa prepara seus bancos para eventual default da Grécia

Os representantes europeus disseram neste sábado que houve “avanços” nas negociações dos ministros das Finanças europeus para encontrar uma saída à crise e estimaram em cerca de 108 bilhões de euros o capital necessário para que os bancos possam fazer frente às perdas e evitar o contágio no caso de uma eventual quebra da Grécia. […]

Por Por Ana Fernández e María Lorente
22 out 2011, 17h18
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  • Os representantes europeus disseram neste sábado que houve “avanços” nas negociações dos ministros das Finanças europeus para encontrar uma saída à crise e estimaram em cerca de 108 bilhões de euros o capital necessário para que os bancos possam fazer frente às perdas e evitar o contágio no caso de uma eventual quebra da Grécia.

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    Apesar das medidas preventivas em relação aos bancos, tanto a chanceler alemã, Agela Merkel, quanto o presidente francês, Nicolas Sarkozy, disseram-se otimistas em relação à zona do euro.

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    “Falei com a chanceler, há avanços”, disse Sarkozy à imprensa em Bruxelas, antes de reunir-se com Merkel e os principais responsáveis europeus.

    A chanceler alemã felicitou neste sábado os “avanços” nas reuniões dos ministros das finanças europeus para salvar a Eurozona, mas advertiu que nenhuma decisão será tomada antes da reunião de quarta-feira.

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    “Os ministros das Finanças (reunidos neste sábado em Bruxelas) fizeram avanços”, disse Merkel. Contudo, “não haverá nenhuma decisão definitiva antes de quarta-feira”, durante a reunião europeia, disse ela, a margem da reunião de ministros de Economia dos 27 países da UE.

    “Serão negociações difíceis. Por isso é que França e Alemanha devem ser ativos na preparação”, disse a líder alemã.

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    A agenda de Merkel inclui um jantar com o presidente francês, Nicolas Sarkozy, para encontrar uma solução definitiva à crise da dívida.

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    “Não haverá decisões definitivas amanhã (domingo) durante a reunião da Eurozona já que são negociações muito difíceis tecnicamente”, disse.

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    A Eurozona celebra no domingo uma reunião que será seguida por outra na quarta-feira 26 de outubro.

    “Temos uma ideia mais realista da situação na Grécia e vamos trazer os elementos necessários para proteger a Eurozona”.

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    Os países da União Europeia estimam que haja uma recapitalização de seus bancos em cerca de 108 bilhões de euros para enfrentar a crise da dívida e um eventual default da Grécia, disse neste sábado à AFP uma fonte próxima às negociações.

    Durante a reunião em Bruxelas, os ministros das finanças europeus estimaram entre “107 bilhões ou 108 bilhões de euros” o volume a ser injetado nos bancos e estipularam em 9% o capital básico (tier I) que será exigido aos bancos, disse a fonte.

    Até agora era estimado entre 80 bilhões e 100 bilhões de euros o volume necessário para que os bancos europeus aumentassem seus fundos de reserva e amortizassem o choque de uma quebra grega.

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    O acordo final, no entanto, não poderá ser finalizado neste sábado. A decisão recairá sobre os chefes de Estado e de Governo da União Europeia que se reúnem no domingo em uma primeira reunião em Bruxelas, segundo uma fonte diplomática europeia.

    A recapitalização dos bancos, considerada necessária para evitar o contágio da crise da dívida que sacode a zona do euro, também depende das negociações que se realizam em paralelo para aumentar a capacidade de ação do Fundo Europeu de Estabilidade Financeira (FEEF).

    Nesse ponto, as negociações são difíceis, devido às disparidades entre França e Alemanha.

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    Segundo os europeus, os bancos que necessitarem de uma injeção de capital para cumprir os novos requisitos de fundos própios terão que tentar fazê-lo por seus próprios meios, antes de pedir ajuda aos governos nacionais e, como último recurso, ao FEEF.

    Em meio às novas propostas, o chefe da diplomacia alemã, Guido Westerwelle, propôs neste sábado que, no futuro, os países da Eurozona que não cumprirem a meta de déficit sejam levados ao Tribunal de Justiça Europeu, mediante uma mudança no tratado da União Europeia.

    “Não basta nos contentarmos em administrar a crise atual” da dívida, “temos que nos assegurar também que o que temos vivido nestes últimos meses não irá se produzir de novo”, declarou à imprensa em Bruxelas.

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