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EUA registram caso de vaca louca; USDA não vê risco

Por Roberta Rampton SÃO PAULO, 24 Abr (Reuters) – O Departamento de Agricultura dos EUA (USDA) informou nesta terça-feira o registro de um caso de encefalopatia espongiforme bovina (vaca louca), o quarto da nação, em uma vaca leiteira na Califórnia. O governo dos EUA informou ainda que nenhuma parte ou resíduo do animal contaminado entrou […]

Por Da Redação
24 abr 2012, 18h28
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  • Por Roberta Rampton

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    SÃO PAULO, 24 Abr (Reuters) – O Departamento de Agricultura dos EUA (USDA) informou nesta terça-feira o registro de um caso de encefalopatia espongiforme bovina (vaca louca), o quarto da nação, em uma vaca leiteira na Califórnia.

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    O governo dos EUA informou ainda que nenhuma parte ou resíduo do animal contaminado entrou na cadeia alimentar do país.

    “Não há motivo para alarme considerando esse animal. Tanto a saúde animal como humana estão protegidas com relação a este assunto”, disse chefe do setor veterinário do USDA, John Clifford, a repórteres em conferência na sede do departamento.

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    O USDA informou que a carcaça de vaca contaminada foi destruída.

    O primeiro caso de vaca louca nos Estados Unidos ocorreu no final de 2003, agitando o comércio global de carne bovina. A doença causou perdas de quase 3 bilhões de dólares para as exportações norte-americanas no ano seguinte, com o Brasil ganhando parte do espaço deixado pelos EUA.

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    Acredita-se que seres humanos podem contrair uma doença cerebral fatal (Creutzfeldt-Jakob) se comerem carne infectada com a vaca louca.

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    Embora não exista evidência de que humanos que beberam leite da vaca infectada possam contrair a doença, os temores de que o problema tenha impacto no consumo e nas exportações dos EUA causaram uma queda nos futuros do boi em Chicago.

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    Os futuros do boi na bolsa de Chicago (CME) chegaram a cair até 3 centavos por libra-peso, limite diário de baixa, nesta terça-feira, com a liquidação de fundos e vendas ligadas aos rumores.

    “O impacto não deve afetar exportações. Agora, eu não estou dizendo se vai ou não vai, mas que poderia não afetar”, disse Clifford, observando que os Estados Unidos são reconhecidos pelas autoridades pelas medidas adotadas para controlar os riscos da doença.

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    O JBS USA, unidade norte-americana do brasileiro JBS, disse estar confiante de que exportações de carne bovina dos EUA, que atingiram um recorde no ano passado, não serão afetadas pelo recente caso de doença de vaca louca em um animal na Califórnia.

    Chandler Keys, porta-voz da empresa que é a maior produtora de carne bovina do mundo, disse à Reuters que ele também acredita que o caso não significará um revés na intenção do Japão de relaxar as regras para importações do produto norte-americano.

    Se algum embargo internacional for levantado contra a carne bovina norte-americana, empresas exportadoras do Brasil, incluindo a unidade brasileira do JBS, poderiam ser beneficiadas, na opinião da Scot Consultoria.

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    “A zoonose descoberta é uma que tem impacto dos mais graves em termos sanitários… Os EUA podem perder fatia de mercado”, disse o analista Alex Lopes da Silva, da Scot.

    De acordo com a consultoria, o Brasil poderia ampliar a liderança nas exportações de carne bovina diante do problema nos EUA.

    Mesmo tendo sido detectada em animal leiteiro, ele considera que o anúncio tem impacto expressivo no mercado.

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    Silva considera que o setor pode ver um cenário semelhante ao de 2004, quando as vendas externas de carne bovina do Brasil tiveram um salto, refletindo em parte a descoberta da vaca louca nos Estados Unidos em 2003.

    Ele lembrou que as exportações brasileiras, que no início da década passada estavam em 620 mil toneladas, tiveram crescimento gradativo e atingiram 1,866 milhão de toneladas em 2004. No ano seguinte, os embarques de carne bovina saltaram para 2,204 milhões de toneladas.

    Não havia um representante da Abiec, a entidade dos exportadores brasileiros, imediatamente disponível para comentar o assunto.

    (Com reportagem adicional de Fabíola Gomes, em São Paulo, e K. T. Arasu, em Chicago)

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