A ministra do Fomento da Espanha, Ana Pastor, comemorou nesta terça-feira a decisão do governo brasileiro de adiar a licitação do trem de alta velocidade entre Rio de Janeiro e São Paulo, após o pedido dos consórcios de Espanha e Alemanha, que pretendem se apresentar no processo.
O governo anunciou na segunda-feira o adiamento da licitação para a construção do trem bala entre Rio de Janeiro e São Paulo por, pelo menos, um ano. Esta é a quarta prorrogação desde 2010, quando o prazo para a apresentação das ofertas terminaria em 16 de agosto.
“É uma boa decisão porque as empresas tinham pedido um pouquinho mais de tempo para apresentar uma grande oferta”, disse a ministra espanhola, que conversou na sexta-feira passada com o presidente da Empresa de Planejamento Logístico (EPL), Bernardo Figueiredo.
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Ana justificou o pedido de mais tempo, pois se trata de “um projeto de mais de 6 bilhões de euros, que, logicamente, tem muitos requisitos”. O grupo espanhol que vai a apresentar oferta pelo trem bala é composto pelas empresas públicas Adif, Renfe e Ineco e as privadas Talgo, Elecnor, Cobra (ACS), Abengoa, Indra, Thales, Bombardier e Dimetronic.
Ana Pastor disse que a Espanha não concorre para fazer a obra das plataformas e que seu foco é a ‘superestrutura’ – trens, tecnologia ligação da operação à infraestrutura. Ela alega ainda que a Espanha não foi a única a pedir o adiamento. “Outros países também pediram mais tempo.”
(com agência EFE)