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Espanha receberá empréstimo da UE para salvar bancos

Eurogrupo emprestará até 100 bilhões de euros para que a Espanha recapitalize os bancos que estiverem com problemas. País é o 4º da UE a ter ajuda do bloco

Por Da Redação
9 jun 2012, 15h38
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  • O ministro da Economia espanhol, Luis de Guindos, anunciou neste sábado que o país vai pedir um empréstimo ao Eurogrupo – instituição que reúne os ministros das Finanças da zona do euro – para recapitalizar seu sistema bancário. Segundo Guindos, será uma quantia “alta e com uma grande margem de segurança”, mas cujo valor exato ainda será definido após análise de “auditores independentes”. Mesmo sem especificar o valor, o ministro disse que o teto é de 100 bilhões de euros. A quantia será emprestada pelo Eurogrupo e administrada pelo FROB – Fundo de Reestruturação Ordenada Bancária, órgão do governo espanhol criado pela recapitalizar o sistema bancário local após o estouro da bolha imobiliária em 2008 e 2009 – que repassará recursos aos bancos que necessitem de ajuda.

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    A Espanha é o quarto país europeu a receber ajuda do Eurogrupo. Irlanda, Portugal e Grécia já tiveram dinheiro injetado em suas economias pela instituição, com o apoio do Fundo Monetário Internacional (FMI). Guindos evitou falar, porém, em “resgate”. “É um apoio financeiro e nada tem a ver com resgate. O dinheiro será dirigido ao FROB para que ele injete nas instituições que pedirem ajuda. Nem todas as entidades precisam de recapitalização – 70% do sistema financeiro espanhol pode resistir às piores condições possíveis, segundo relatório do FMI”, disse.

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    Punida pelo mercado – “É um empréstimo que se recebe em condições muito favoráveis, mais favoráveis que as do mercado e que do FROB. Por isso não falamos em resgate.” De fato, o maior problema da Espanha hoje é o esgotamento de recursos próprios para resgatar seu sistema bancário, cujas estimativas de perdas cerscem dia a dia. Madri teria de ir a mercado captar recursos para evitar uma crise sistêmica – com potencial para contagiar bancos de todo o continente. Contudo, o prêmio de risco do país, que baliza os juros cobrados pelos agentes financeiros, bateu recorde na semana passada. Na prática, os investidores praticamente viraram as costas para a Espanha.

    Guindos também evitou falar no prazo para pagar o empréstimo. “A única coisa que posso dizer é que a quantidade é suficientemente elevada para haver uma grande margem de segurança.”

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    Sem ajustes – Guindos disse que a ajuda financeira não está vinculada a pacotes de austeridade ou cortes nos gastos públicos. “Claro que existem condições para receber o dinheiro, mas não há nenhum tipo de condição fiscal nem de política macroeconômica, mas existem sim condições que as instituições deverão cumprir se quiserem receber o dinheiro.”

    Sobre o papel do FMI (Fundo Monetário Internacional) no programa, Guindos afirmou que estará restrito à assessoria do setor financeiro e de apoio e implementação do programa.

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    De acordo com Guindos, o empréstimo também servirá para diminuir a pressão sobre a dívida pública espanhola. “Nos próximos dias se verá menor pressão sobre a dívida”, disse.

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    Guindos afirmou que “o governo espanhol está ciente da volatilidade dos mercados de capitais, e por isso decidimos fazer este anúncio porque se considera que é bom para a economia espanhola e para a Zona do Euro. Queremos afugentar os temores sobre o futuro da zona do Euro.”

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