Após dois meses de queda, os bancos europeus voltaram a aumentar o volume de empréstimos corporativos em julho. A reversão da tendência acontece em meio à estratégia do Banco Central Europeu (BCE) de manter a taxa de juros em patamares mínimos históricos e ainda aumentar a oferta de liquidez no sistema bancário.
Segundo o BCE, em julho os bancos aumentaram o volume de empréstimos às empresas em 8,06 bilhões de euros. Em junho, a carteira de financiamentos às pessoas jurídicas havia diminuído em 3,48 bilhões de euros. Apesar da melhora nesse segmento, a carteira de crédito para as famílias manteve a trajetória negativa e diminuiu em 7,61 bilhões de euros no mês passado.
Já os empréstimos bancários aos governos aumentaram em 11,56 bilhões de euros em julho, aceleração em relação aos meses anteriores. O ritmo forte dos empréstimos pode indicar que os bancos preferem usar os recursos ofertados pelo BCE para financiar governos de olho no elevado potencial de lucro nesse tipo de operação.
Na visão do BCE, porém, a demanda por empréstimos entre empresas e consumidores segue fraca, influenciada pela economia regional estagnada e pela crise da dívida de alguns países.
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Outros indicadores – O BCE informou também que a oferta monetária ampla, conhecida como M3, acelerou em julho e teve expansão de 3,8% na comparação com igual mês de 2011, acima do ritmo previsto pelos analistas de 3,3%. Em termos mensais, o montante cresceu 0,7% em julho ante junho, com aumento de 70,5 bilhões de euros. Em junho, esse valor havia crescido 0,2% na comparação com maio.
Na média móvel entre maio e julho, o M3 registrou expansão de 3,4% na comparação anual, acima dos 3,1% esperados pelos analistas. A velocidade observada foi mais rápida que a registrada no trimestre anterior, entre fevereiro e abril, cujo ritmo ficou em 3,0% na mesma base de comparação.
(Com Agência Estado)
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