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Em áudio, Graça Foster fala em ‘gestão temerária’ na Petrobras

Em reunião tensa do Conselho, ex-presidente da Petrobras bateu boca com Miriam Belchior em relação ao balanço do terceiro trimestre de 2014

Por Da Redação
20 Maio 2015, 09h12
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  • A ex-presidente da Petrobras Graça Foster reclamou de “gestão temerária” na estatal e se disse ofendida quando seus atos foram comparados aos da administração anterior, nomeada pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O desabafo foi feito na tensa reunião do Conselho de Administração da companhia em 27 de janeiro deste ano, cujos embates levaram a executiva a renunciar. O jornal O Estado de S. Paulo teve acesso ao áudio do encontro.

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    Na reunião, o colegiado discutia uma forma de estimar as perdas com a corrupção e o superfaturamento de obras descobertos na Operação Lava Jato. O objetivo era a publicação do balanço contábil do terceiro trimestre da estatal. Em rota de colisão com outros conselheiros, Graça defendeu a publicação de notas explicativas que indicavam, naquele momento, a necessidade de baixar 88 bilhões de reais dos ativos da empresa. Dias depois, contrariada com a divulgação do valor, a presidente Dilma Rousseff acertou com a executiva a renúncia dela e de mais cinco diretores.

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    Na reunião, a então presidente da Petrobras bateu boca com a presidente da Caixa, Miriam Belchior, à época conselheira, por ter comparado seus atos aos da diretoria que deliberou sobre a compra da Refinaria de Pasadena, nos Estados Unidos. A aquisição foi aprovada em 2006 pelo conselho de administração e, segundo o TCU, gerou prejuízo de 792 milhões de dólares.

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    À época, o colegiado era presidido pela então ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff. Em nota ao Estado, Dilma justificou que só aprovou o negócio porque o resumo executivo apresentado pelo então diretor Internacional, Nestor Cerveró, omitia cláusulas do negócio consideradas prejudiciais.

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    Miriam reclamou que, a exemplo do que teria ocorrido naquela época, Graça não levou à reunião de janeiro informações para o debate sobre o balanço da estatal e que fora surpreendida por dados apresentados por auditores da PricewaterhouseCoopers (PwC), responsável por assinar as demonstrações contábeis da companhia.

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    “Assusta a gente a informação não ter vindo para a mesa. Aí você se lembra de Pasadena”, protestou Miriam. “Não nos confunda com Pasadena. Não nos ofenda”, protestou Graça, acrescentando: “Se há dúvida, demita a diretoria”.

    Na reunião, Graça afirmou que, quando assumiu a função, colocou em curso um programa para resolver “uma série” de falhas “que a empresa tinha, de coisas malfeitas”, que ela não aceitava. “Já tenho um monte de problemas decorrentes de gestão temerária de outros colegas”, disse, sem citar nomes.

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    (Com Estadão Conteúdo)

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