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Elas querem destronar a cerveja pilsen de seu longo reinado

Consumidores buscam nas bebidas artesanais novos sabores e mais corpo - e as cervejarias que investiram antes saíram na frente; confira quais são

Por Jéssica Otoboni
2 ago 2013, 11h29
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  • Um dos mais intrigantes paradigmas da cultura brasileira parece estar, pouco a pouco, caindo por terra: a preferência pela cerveja pilsen. Ainda que os grandes fabricantes como Ambev, Femsa e Petrópolis dominem mais de 90% do mercado de cervejas, há uma fatia de 7% que detém poder: as pequenas e não mais inofensivas cervejas artesanais. Mais encorpadas, com maior teor alcoólico e muito mais caras, as cervejas que surgem das microcervejarias das regiões Sul e Sudeste

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    A partir delas, muitos consumidores brasileiros passaram a aceitar que a ‘loira gelada’ não precisa ser tão loira, nem tão gelada assim – muitas artesanais são consumidas em temperatura mais alta do que a pilsen comum, justamente para que o sabor fique em evidência. “Esse aumento de interesse tem acontecido por dois motivos: cultural, devido à dissipação de informações sobre as cervejas artesanais nas redes sociais; e econômico, pois o consumidor brasileiro está disposto a gastar um pouco mais para degustar uma bebida de qualidade superior”, afirma Eduardo Bier, presidente da cervejaria DaDo Bier, no Rio Grande do Sul.

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    As cervejas premium são classificadas, basicamente, em duas famílias: as lager, cuja fermentação acontece no topo do barril, e as ale, cujo processo ocorre no fundo. No método lager, a mais famosa é a do tipo pilsen, da qual faz parte a maioria das marcas vendidas nos supermercados – as mais populares e mais consumidas pelos brasileiros. Já entre as ale, a que mais se destaca é a pale ale, uma cerveja mais clara, porém não menos encorpada. Ronaldo Morado Nascimento, presidente da cervejaria Colorado e autor do livro ‘Larousse da Cerveja’, explica que durante o processo de fermentação, as cervejas recebem os maltes e alguns aditivos em sua composição, responsáveis por criar sabores diferenciados. “Essas propriedades dependem muito mais da qualidade do malte e do tipo do aditivo utilizado, que pode ser laranja, café, rapadura, jabuticaba e cana de açúcar, por exemplo”, conta.

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    Apesar de as pilsen terem conquistado todo o público consumidor, as pale ale são produzida a partir de ingredientes mais sofisticados, matérias-primas mais nobres e demanam mais tempo de fermentação. Além da pale ale, outro tipo que vem ganhando o gosto do brasileiro são as weissbier, fabricadas com trigo e de coloração mais clara. “Ela é considerada o ‘champagne das cervejas’ e teve boa aceitação do público, principalmente do feminino, por seu aroma natural”, afirma Nascimento.

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    Segundo Alfredo Ferreira, mestre cervejeiro da Heineken, apesar do avanço das artesanais, ainda é cedo para afirmar que o paladar do brasileiro mudou completamente. “Ainda é uma pequena parte que se interessa e tem acesso às cervejas premium, mas esse mercado vem crescendo e pode ocorrer o mesmo que nos Estados Unidos, onde elas tiveram um verdadeiro boom e dominaram de vez as prateleiras”, afirma o especialista.

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    O site de VEJA selecionou algumas cervejarias pequenas – mas nada modestas em suas ambições. Elas querem, com a sofisticação e corpo da pale ale e da weiss, destronar o reinado das pilsen.

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