Durou apenas três dias a trégua no mercado de câmbio que levou a depreciação do dólar balcão em mais de 5%. Nesta quarta-feira, a moeda norte-americana voltou para o campo positivo e encerrou cotada a 1,830 real no balcão, com alta de 1,16%. Após ter iniciado o dia em queda, a moeda americana logo mudou de lado, pressionada por declarações contraditórias das autoridades da zona do euro a respeito de uma potencial expansão na capacidade da Linha de Estabilidade Financeira Europeia (EFSF, na sigla em inglês).
No início da tarde, o dólar engatou um movimento de renovação de máximas e chegou a atingir 1,8360 real no pico do dia, com a notícia de que Itália, Espanha e França vão prorrogar as restrições às vendas a descoberto de ações do setor financeiro até 11 de novembro. Em reação a essa notícia, as bolsas nos EUA intensificaram o sinal de baixa. Na mínima, o dólar balcão atingiu 1, 7990 real. Na BM&F, o dólar pronto fechou a 1,8252 real, com ganho de 1,64%. Na máxima, a moeda na BM&F atingiu 1,8270 real e, na mínima 1,8041 real.
No início da manhã, o Parlamento da Finlândia aprovou, em uma votação final, a legislação para modificar a EFSF. A votação teve 103 votos favoráveis e 66 contrários à legislação. Nesta quinta-feira, é a vez da Alemanha tentar aprovar a ampliação dos recursos do EFSF. Até o momento, as mudanças já foram aprovadas por nove países de um total de 17 membros da zona do euro.
Balanço – Por aqui, o BC informou que, entre 1º e 23 de setembro, registrou ingresso de 8,084 bilhões de dólares. De acordo com a autoridade monetária, a forte entrada foi liderada pelas operações geradas pelo comércio exterior, responsáveis por 7,789 bilhões de dólares no mês. Essa cifra é resultado de exportações que alcançaram 20,470 bilhões de dólares, maiores do que as importações de 12,681 bilhões de dólares. No segmento financeiro, foi registrada entrada líquida de 295 milhões de dólares, resultado de ingressos de 19,167 bilhões de dólares e saídas de 18,872 bilhões de dólares. No ano até 23 de setembro, o fluxo cambial acumula saldo positivo de 67,897 bilhões de dólares, sendo 36,903 bilhões de dólares pela via comercial e 30,994 bilhões de dólares, pela financeira.
(com Agência Estado)
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