Assine VEJA por R$2,00/semana
Continua após publicidade

Dólar vai a R$ 3,70, maior valor desde março de 2016

Mesmo com a manutenção da Selic em 6,5%, moeda americana segue com valorização

Por Gilmara Santos
Atualizado em 17 Maio 2018, 17h46 - Publicado em 17 Maio 2018, 17h14
  • Seguir materia Seguindo materia
  • O dólar fechou o pregão desta quinta-feira, 17, com valorização de 0,62%, cotado a 3,7012 reais na venda, maior valor já registrado desde 16 de março de 2016. A decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) de manter a taxa básica de juros, a Selic, em 6,5% não foi suficiente para conter a valorização da moeda americana, que teve a quinta alta consecutiva.

    Publicidade

    “O dólar abriu com queda de mais de 0,5%, reflexo da redução da taxa de juros, mas não foi suficiente para segurar a redução e pouco depois da abertura do mercado já houve valorização”, explica o operador da B&T Corretora de Câmbio, Marcos Trabbold. Para ele, o BC teria que dar um “choque maior no mercado, com mais volume de swap cambial, para segurar a valorização do dólar.”

    Publicidade

    O professor de economia do Insper, João Luiz Mascolo, considera que o efeito da manutenção da Selic é, de fato, muito pequeno para segurar o dólar. Na sua avaliação, o que está pesando mesmo sobre a cotação é o cenário externo, puxado principalmente pelos Estados Unidos. “Além da possibilidade de mais aumento de juros nos Estados Unidos, a venda de títulos americanos – motivada pela redução da carga tributária e pelo fato que o governo tenta se desfazer de papéis comprados entre 2008 e 2014 para incentivar a economia – são duas fontes de pressão para a valorização da moeda”, explica o professor.

    Ele concorda que uma saída para tentar conter essa escalada seria a venda maciça de dólares, o chamado swap cambial, pelo BC. A outra seria o aumento da taxa básica de juros.

    Publicidade
    Continua após a publicidade

    O economista-chefe do Banco Fibra, Cristiano Oliveira, destaca que a valorização cambial ocorre em praticamente todas as moedas e que não tem nenhuma ligação com a decisão do BC de manter a Selic em 6,5%. “O real está acompanhando o cenário internacional”, avalia.

    O gestor da Horus Ggr, Thiago Figueiredo, também atribui aos bons resultados da economia americana à valorização da moeda. “Mas essa mudança abrupta de posicionamento do Banco Central também contribui para este cenário de alta”, diz.

    Publicidade

    Além de todo esse contexto, os especialistas destacam que a indefinição política, para a eleição deste ano, é um agravante a mais que também tem contribuído para o aumento do dólar.

    Publicidade
    Publicidade

    Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

    Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

    Domine o fato. Confie na fonte.

    10 grandes marcas em uma única assinatura digital

    MELHOR
    OFERTA

    Digital Completo
    Digital Completo

    Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

    a partir de R$ 2,00/semana*

    ou
    Impressa + Digital
    Impressa + Digital

    Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

    a partir de R$ 39,90/mês

    *Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
    *Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

    PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
    Fechar

    Não vá embora sem ler essa matéria!
    Assista um anúncio e leia grátis
    CLIQUE AQUI.