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Dólar fecha outubro com maior queda mensal desde junho de 2016

Corrida presidencial, vencida por Jair Bolsonaro, influenciou, e real ganhou força frente à moeda americana durante o mês das eleições

Por Reuters Atualizado em 31 out 2018, 20h13 - Publicado em 31 out 2018, 19h21
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  • O dólar encerrou o mês de outubro com queda de 7,79%, a maior ante o real desde junho de 2016. A desvalorização da moeda americana reflete o resultado da corrida presidencial, o que a levou a se afastar do pico do Plano Real, acima de 4 reais, para o patamar de 3,70 reais, com o qual deve continuar flertando por enquanto.

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    Nesta quarta-feira (31) com a formação da taxa Ptax de final de mês, a moeda trabalhou bastante pressionada pela manhã, mas a alta perdeu força à tarde. A influência do mercado internacional sustentou o câmbio em alta até o final do dia.

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    O dólar avançou 0,87%, a 3,7227 reais na venda, acumulando, em outubro, queda de 7,79%, a maior desde o recuo de 11,05% de junho de 2016. Na mínima da sessão, foi a 3,6876 reais e, na máxima, a 37456 reais. O dólar futuro tinha alta de cerca de 0,60%.

    “Para o dólar cair mais daqui para a frente, é preciso algo mais concreto, notícias de medidas”, comentou o diretor da assessoria de câmbio FB Capital, Fernando Bergallo, para quem o término das eleições presidenciais voltou a aproximar o exterior do mercado local.

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    “Via de regra, o cenário externo se sobrepõe às questões locais, e lá fora o viés é de valorização”, emendou, ao acrescentar que além de monitorar fatores como a trajetória de alta dos juros nos Estados Unidos, as novidades sobre o novo governo também seguirão no foco dos agentes no mês que tem início nesta quinta-feira.

    Os investidores estão no período de lua de mel com o governo eleito e, por enquanto, o que foi falado tem agradado, como a possibilidade de independência do Banco Central, intenção de votar a reforma da Previdência ainda este ano, redução do número de ministérios e uma superpasta chefiada pelo economista Paulo Guedes, que englobaria Planejamento, Fazenda e Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior.

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    Mas, no exterior, além da trajetória de juros nos Estados Unidos, há cautela com os desdobramentos da guerra comercial, sobretudo com a China, já que paira sobre o país a possibilidade de novas tarifas se um acordo não for fechado, e com o crescimento global. Na Europa, a Itália e o Brexit são os focos de tensão.

    “O cenário global continua hostil, portanto a história brasileira depende apenas da agenda local e dos fluxos locais. Em outras palavras, os investidores globais não vão comprar o Brasil a menos que a situação (global) se acalme”, comentou um diretor de Tesouraria de um banco estrangeiro.

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    PTAX

    Nesta quarta de fechamento de mês, as bolsas americanas subiram, se recuperando das vendas generalizadas recentes, e o dólar avançou ante as divisas de países emergentes, após a China divulgar dados sobre o mercado de trabalho mais fracos, e os Estados Unidos, mais fortes.

    O dólar tinha leve alta ante a cesta de moedas, mantendo-se em sua máxima de 16 meses e avançava mais fortemente ante as divisas de países emergentes, como os pesos mexicano e chileno.

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    Esse movimento externo se somou à formação da taxa Ptax de final de mês, durante a manhã, e levou o dólar a subir mais de 1 por cento na máxima do dia aqui no Brasil, para se acomodar bem abaixo disso no fechamento.

    A taxa Ptax de final de mês, definida pelo Banco Central a partir das informações enviadas por grandes negociadores de câmbio, é usada para corrigir diversos contratos de derivativos cambiais.

    “A moeda deve continuar oscilando ao redor dos 3,70 reais muito provavelmente até o 1º trimestre de 2019, visto que a transição governamental está somente sendo iniciada”, avaliou o diretor da NGO Corretora, Sidnei Nehme.

    Com a oficialização, nas urnas, do cenário que mais agradava ao mercado, havia alguma expectativa em torno do futuro dos swaps cambiais tradicionais, mas o BC sinalizou na véspera que pretende rolar integralmente o vencimento de dezembro, de 12,217 bilhões de dólares.

    Em outubro até a terça-feira, o dólar caiu 8,58%, ou quase 35 centavos de real, o que criava a expectativa de que a autoridade monetária poderia deixar de rolar parte de seu estoque de 68,864 bilhões de dólares.

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    Na noite da véspera, no entanto, o BC já anunciou leilão para esta quinta-feira leilão de 13.600 contratos, volume que, se repetido até o final do mês e vendido integralmente, rolará o total de dezembro.

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