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Dólar encosta em R$3,33 diante de temores com cena política

Moeda americana reage a dúvidas sobre a permanência do PSDB na base aliada e a denúncia de VEJA sobre espionagem de ministro do STF pelo presidente

Por Da redação
Atualizado em 4 jun 2024, 21h37 - Publicado em 12 jun 2017, 15h54
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  • O dólar ampliou a alta a cerca de 1% nesta segunda-feira e encostou em 3,33 reais, com temores dos investidores com a cena política brasileira e o andamento das reformas no Congresso Nacional.  Entre os temores estão a saída do PSDB na base aliada e a denúncia de VEJA desta semana sobre o uso do serviço de inteligência por Michel Temer para investigar o ministro do Supremo Tribunal Federal Edson Fachin.

    Por volta das 15h30, o dólar avançava 0,99%, a 3,3190 reais na venda, depois de acumular alta de 1,15% na semana passada. Na máxima do dia, a moeda norte-americana atingiu 3,3278 reais, maior cotação intradia desde 19 de maio (3,3471 reais). O dólar futuro subia cerca de 0,80%. “Ainda é difícil ser muito otimista diante de novas batalhas que virão”, informou a corretora Guide em comentário a investidores.

    A avaliação do mercado é que o novo desafio para o governo do presidente Michel Temer passa agora pelo PSDB. O partido se reúne na tarde desta segunda para definir se continua na base governista depois que Temer foi absolvido pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) na última sexta-feira.  De modo geral, os tucanos têm dito que, mesmo que eventualmente saiam do governo, ainda vão manter o apoio às reformas. Para o mercado financeiro, a aprovação da reforma da Previdência é fundamental, porque é essencial para colocar as contas públicas em ordem.

    Outro motivo de cautela eram os desdobramentos da denúncia feita por VEJA desta semana de que a Agência Brasileira de Inteligência (Abin) foi acionada por Temer para vasculhar a vida do ministro Edson Fachin, relator da Lava Jato no STF. No final de semana, a presidente do STF, ministra Cármen Lúcia, fez duras críticas à possibilidade de espionagem contra Fachin e classificou a denúncia como “gravíssimo crime”.

    O mercado financeiro também trabalhava com a expectativa de que o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, possa denunciar Temer no Supremo Tribunal Federal (STF), onde o presidente já é investigado por crime, entre outros, de corrupção passiva.

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    Swaps

    O Banco Central brasileiro vendeu integralmente a oferta de até 8.200 swaps cambiais tradicionais –equivalente à venda futura de dólares– para rolagem dos contratos que vencem julho. Com isso, já rolou 2,050 bilhões de dólares do total de 6,939 bilhões de dólares que vence no mês que vem.

    “O mercado está enxergando que não é tão interessante ficar vendido em dólar. Há o temor de Temer ficar mais preocupado em se segurar no cargo do que em governar”, comentou o operador de câmbio de uma corretora nacional.

    No mercado internacional, o dólar recuava recuava ante uma cesta de moedas e divisas como o rand e lira turca antes da reunião do Federal Reserve, banco central norte-americano, na quarta-feira, quando deve elevar os juros novamente.

    (Com Reuters)

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