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Focus: economistas reduzem previsão do PIB em 2017

Incertezas com o andamento das reformas econômicas podem ter impacto negativo sobre o indicador, alerta o Banco Central

Por Da redação
12 jun 2017, 09h38

Em meio à crise política, os economistas do mercado financeiro alteraram, para pior, suas projeções para a atividade em 2017 e 2018. Pelo Relatório de Mercado Focus, divulgado nesta segunda-feira, a mediana para o Produto Interno Bruto (PIB) deste ano passou de 0,50% para 0,41%. Há um mês, a perspectiva era de avanço de 0,50%.

Para 2018, o mercado também mudou a previsão de alta do PIB, de 2,40% para 2,30%. Quatro semanas atrás, a expectativa estava em 2,50%.

No Focus, a projeção para o indicador que mede a relação entre a dívida líquida do setor público e o PIB para 2017 permaneceu em 51,50%. Há um mês, estava no mesmo patamar. Para 2018, as expectativas no boletim Focus seguiram em 55,20%, ante 55,00% de um mês atrás.

No início do mês, o Instituto Brasileira de Geografia e Estatística (IBGE) informou que o país cresceu 1% no primeiro trimestre de 2017, ante o quarto trimestre de 2016. Por outro lado, recuou 0,4% ante o primeiro trimestre do ano passado.

Em seus comunicados mais recentes, o Banco Central tem defendido que os indicadores permanecem compatíveis com a estabilização da economia no curto prazo. Porém, a instituição alerta que as incertezas com o andamento das reformas econômicas podem ter impacto negativo sobre a atividade. É a crise política o principal motivo para as reformas serem colocadas em dúvida.

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No relatório Focus desta segunda, as projeções para a produção industrial para este ano também pioraram. O avanço projetado para 2017 foi de 1,09% para 0,94%. Há um mês, estava em 1,25%. No caso de 2018, a estimativa de crescimento da produção industrial permaneceu em 2,50%, mesmo porcentual de quatro semanas antes.

Também no início do mês, o IBGE informou que a produção industrial avançou 0,6% em abril ante março, mas despencou 4,5% ante abril do ano passado.

Índice oficial de inflação

Sob influência dos dados mais recentes da inflação brasileira, divulgados na última sexta-feira, os economistas do mercado financeiro reduziram suas projeções para o IPCA (Índice oficial de inflação) neste e no próximo ano. O Relatório de Mercado Focus mostra que a mediana para o IPCA em 2017 foi de 3,90% para 3,71%. Há um mês, estava em 3,93%. Já a projeção para o IPCA de 2018 foi de 4,40% para 4,37% ante 4,36% de quatro semanas atrás.

Na prática, as projeções de mercado divulgadas nesta segunda no Focus indicam que a expectativa é de que a inflação fique abaixo do centro da meta, de 4,5%, em 2017 e 2018. A margem de tolerância para estes anos é de 1,5 ponto porcentual (inflação entre 3,0% e 6,0%).

Estes resultados do IPCA – bastante favoráveis – fizeram alguns analistas citarem a possibilidade de o Banco Central, em seu próximo encontro de política monetária, em julho, ainda manter o ritmo de corte de 1 ponto porcentual da Selic (a taxa básica de juros da economia). Há duas semanas, quando reduziu a Selic de 11,25% para 10,25% ao ano, o BC sinalizou a intenção de reduzir o ritmo em seu próximo encontro, em função das incertezas quanto ao futuro das reformas econômicas.

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No Focus, entre as instituições que mais se aproximam do resultado efetivo do IPCA no médio prazo, denominadas Top 5, a mediana das projeções para 2017 passou de 3,64% para 3,51%. Para 2018, a estimativa foi de 4,20% para 4,19%. Quatro semanas atrás, as expectativas eram de 3,89% e 4,30%, respectivamente.

Já a inflação suavizada para os próximos 12 meses foi de 4,55% para 4,49% de uma semana para outra – há um mês, estava em 4,70%.

Entre os índices mensais mais próximos, a estimativa para junho de 2017 passou de 0,20% para 0,00% (estabilidade). Um mês antes, estava em 0,23%. No caso de julho, a previsão de inflação do Focus seguiu em 0,25%, ante 0,22% de quatro semanas atrás.

(Com Estadão Conteúdo)

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