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Dilma volta a acusar países ricos de ‘protecionismo disfarçado’

No Peru, presidente fez discurso em resposta à crítica do governo americano sobre aumento de imposto de importação sobre alguns produtos

Por Da Redação
2 out 2012, 14h27
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  • A presidente da República, Dilma Rousseff, voltou a acusar nesta terça-feira de praticarem “protecionismo disfarçado” os países desenvolvidos que usam a política de afrouxamento quantitativo – emissão de moeda com vistas à desvalorização. A declaração foi uma clara resposta ao governo americano, que, por sua vez, classificou de protecionistas as medidas brasileiras de aumento de imposto de importação de alguns produtos.

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    Em seu discurso na abertura da Cúpula América do Sul-Países Árabes, realizada no Peru, a presidente afirmou que esse tipo de política cria uma competitividade artificial que atinge diretamente as nações das duas regiões. “O acesso aos nossos mercados fica extremamente facilitado por essas políticas de desvalorização das moedas, e um protecionismo disfarçado se impõe ao reduzir as importações dos nossos países”, disse.

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    Há cerca de uma semana, o representante de Comércio do governo americano, Ron Kirk, enviou uma carta ao ministro das Relações Exteriores do Brasil, Antonio Patriota, para reclamar de medidas brasileiras que considera protecionistas. No documento, ele pediu a suspensão dos processos de aumento de impostos e fez ameaças veladas de retaliação.

    A resposta brasileira foi dura. Também em carta, Patriota afirmou que o Brasil não iria abdicar de usar instrumentos legítimos de defesa comercial e criticou a expansão monetária adotada pelos Estados Unidos. Recentemente, o Federal Reserve, Banco Central americano, anunciou a compra de US$ 40 bilhões em títulos para injetar dinheiro na sua economia, o que leva a uma desvalorização do dólar.

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    “A forte expansão da base monetária e a política monetária expansionista que se chama de flexibilização quantitativa, ao desvalorizar a moeda de alguns países, fazem com que esses países sejam artificialmente mais competitivos. O efeito acumulativo dessas políticas expansionistas, combinadas com uma austeridade exagerada, exporta a crise para o resto do mundo e não resolve os graves problemas dos países desenvolvidos, como o desemprego galopante e a falta de esperança”, criticou a presidente Dilma em seu discurso.

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    A presidente ainda pediu o fortalecimento da cooperação entre as duas regiões como uma forma de combater a turbulência gerada pela crise internacional. “A persistente crise econômica iniciada nos países mais desenvolvidos tem efeitos que se dispersam por todos os países, sem nenhuma exceção, e está trazendo novos desafios. As nações árabes e as nações sul-americanas precisam assegurar que as turbulências da economia internacional não criem obstáculos adicionais ao nosso desenvolvimento”.

    (com Agência Estado)

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