O déficit comercial dos EUA inesperadamente aumentou em junho para o maior nível em dois anos e meio, com queda tanto nas exportações quanto nas importações. O déficit subiu 4,4%, para 53,07 bilhões de dólares, do dado revisado de maio de 50,83 bilhões de dólares, informou o Departamento do Comércio norte-americano. Trata-se do maior déficit registrado no país desde outubro de 2008.
Economistas esperavam uma queda para 48 bilhões de dólares. O resultado de maio havia sido calculado inicialmente em 50,23 bilhões de dólares. A ampliação do déficit para o nível mais alto desde outubro de 2008 indica que a demanda está se desacelerando à medida que consumidores e empresas lidam com uma economia frágil.
As exportações caíram 2,3%, para 170,86 bilhões de dólares, enquanto as importações diminuíram 0,8%, para 223,92 bilhões de dólares. A importação de petróleo atingiu um patamar não era visto desde a última alta nos preços da commodity, em 2008.
Embora o valor médio do barril importado tenha caído pela primeira vez em nove meses em junho, para 106 dólares de 108,7 dólares, o crescimento do volume puxou a conta total para 31,45 bilhões de dólares – a mais alta desde agosto de 2008 -, de 29,92 bilhões de dólares em maio. O volume importado aumentou para 296,67 milhões de barris, de 275,25 milhões de barris.
O déficit comercial real – ajustado pela inflação, que os economistas usam para medir o impacto do comércio sobre o Produto Interno Bruto (PIB) do país – subiu para 50,89 bilhões de dólares em junho, de 47,88 bilhões de dólares em maio.
(Com Agência Estado)