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Cristina Kirchner pede reunião do FMI sobre situação argentina

Na sexta-feira, o país tornou-se o primeiro a ser sancionado pela entidade. A razão: maquiar os índices estatísticos

Por Da Redação
2 fev 2013, 08h27
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  • Depois de tornar-se o primeiro país a ser sancionado pelo Fundo Monetário Internacional (FMI) na história do organismo financeiro, a Argentina pediu, na noite de sexta-feira, uma reunião extraordinária do Conselho Executivo da entidade para examinar a política em relação ao país. Antes, o governo de Cristina Kirchner criticou o voto de censura do organismo, que questiona as estatísticas do país.

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    A diretoria do Fundo emitiu uma moção de censura por causa da maquiagem dos índices estatísticos oficiais, especialmente os números sobre a inflação, elaborados pelo Instituto Nacional de Estatísticas e Censos (Indec), organismo sob intervenção federal desde janeiro de 2007. O governo de Cristina afirmou, em seguida, que a decisão representa “um exemplo de tratamento desigual e duas medidas do organismo em sua relação com certos países membros”.

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    As regras do FMI estipulam, em seu artigo n.º 8, que todos os países devem apresentar estatísticas confiáveis. Segundo a diretoria do Fundo, o governo da presidente Cristina Kirchner “não fez o suficiente” para melhorar as condições estatísticas. A moção de censura constitui uma espécie de “cartão amarelo”, já que o Fundo exigiu que a Argentina reforme suas estatísticas antes de 29 de setembro. O caso argentino será novamente debatido em 13 de novembro.

    Após a “moção de censura”, o FMI poderia aplicar contra a Argentina uma suspensão de sua capacidade de utilizar os recursos gerais do Fundo. Além disso, poderia suspender os direitos de votação da Argentina no Fundo, e, finalmente, a virtual expulsão.

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    Economistas, empresários, sindicalistas e associações de defesa dos direitos do consumidor criticam o índice oficial de inflação, que tem sido de um terço à metade do cálculo elaborado pelos economistas. A inflação de 2012, segundo o Indec, foi de 10,8%. Mas o cálculo de economistas independentes indica que a inflação do ano passado superou os 25%.

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    Tensão – A relação da Argentina com o Fundo teve um permanente estado de tensão desde a posse do presidente Néstor Kirchner em 2003. Com frequência Kirchner acusava o FMI de ter sido o responsável pela “decadência econômica” do país. Cristina, ao tomar posse em 2007, ensaiou em algumas ocasiões uma aproximação com o Fundo.

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    No entanto, seu governo alternou esses acenos ao FMI com duras críticas. Cristina sempre deixa claro que seu governo não aceitará as “receitas” do organismo internacional. A Argentina é o único país do G-20 que não permite que o FMI faça revisões anuais sobre a economia nacional. Há cinco anos o organismo internacional não pode fazer as verificações obrigatórias sobre o país.

    (Com agência France-Presse e Estadão Conteúdo)

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