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Crescimento de países emergentes não gera satisfação nos habitantes, diz OCDE

Paris, 21 nov (EFE).- O crescimento dos países emergentes nos últimos anos não foi acompanhado do mesmo avanço no nível de satisfação de seus habitantes, de acordo com relatório da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) que aponta carências na coesão social e fortes desigualdades. ‘Em alguns países, o crescimento econômico sustentado, a […]

Por Da Redação
21 nov 2011, 07h50
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  • Paris, 21 nov (EFE).- O crescimento dos países emergentes nos últimos anos não foi acompanhado do mesmo avanço no nível de satisfação de seus habitantes, de acordo com relatório da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) que aponta carências na coesão social e fortes desigualdades.

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    ‘Em alguns países, o crescimento econômico sustentado, a elevação dos níveis de vida e o desenvolvimento humano não levaram necessariamente a melhoras na satisfação’ de seus cidadãos, destacou a OCDE no estudo Perspectivas de Desenvolvimento Global.

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    ‘Isso se deve em grande medida a crescentes desigualdades, limitadas possibilidades de participação na sociedade, alto desemprego juvenil e ao elevado grau de informalidade no mercado de trabalho’, diz o relatório.

    Tailândia, Índia, e em particular Tunísia são os exemplos destacados no relatório de países onde o descontentamento com as condições de vida aumentou na década passada, enquanto a renda per capita subia a um ritmo muito superior ao do mundo desenvolvido.

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    Na China, Brasil e Costa Rica o grau de satisfação manifestado por seus habitantes melhorou na década de 2000, mas a uma velocidade várias vezes inferior ao da riqueza relativa.

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    A explicação oferecida pelos autores do estudo é de que a demanda por mais coesão social é uma característica das classes médias, definidas como aquelas que dispõem de renda entre US$ 10 e US$ 100 por dia, e que por causa da expansão econômica são muito mais numerosas no mundo em desenvolvimento.

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    Atualmente, a metade dos 2 bilhões de pessoas que fazem parte das classes médias estão nos países emergentes, e as projeções apontam que em 2030 superarão os 3 bilhões.

    ‘Os Governos não devem ignorar os esforços destas classes médias emergentes, nem subestimar sua capacidade de mobilizar as pessoas e exercer pressão para que sejam mais abertos e transparentes ou para que elevem os padrões de prestação de serviços’, ressaltou a OCDE.

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    O relatório afirmou que reforçar a coesão social deve ser uma prioridade política porque ‘contribui para a manutenção do crescimento econômico a longo prazo’.

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    Para isso, é preciso atuar em três eixos: a integração social, o capital social e a mobilidade, e aproveitar a disponibilidade de maiores recursos fiscais para configurar uma seguridade social que proteja todas as camadas sociais.

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    O conhecido como ‘Clube dos países desenvolvidos’ recomendou políticas de redistribuição e também uma visão e compromisso de longo prazo porque algumas intervenções e reformas requerem tempo para oferecer resultados, como acontece com a educação.

    Para o relatório, ‘assegurar que as crianças tenham oportunidades equitativas para construir seu capital humano sem a influência de seus antecedentes socioeconômicos é um desafio transcendental para fortalecer a coesão social’.

    A OCDE sugeriu que o êxito nas mudanças em alguns países para lutar contra a discriminação das mulheres pode ser um exemplo para outros. A organização destacou a importância de dar espaço a vozes dissidentes para criar uma sociedade sustentável e que a informação cívica e política é essencial para o crescimento não perder o rumo. EFE

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    ac/dsm

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