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Coronavírus: mercado financeiro prevê queda de 1,18% no PIB em 2020

Economistas consultados pelo Banco Central pioraram a percepção da recessão econômica do Brasil neste ano

Por Larissa Quintino Atualizado em 6 abr 2020, 09h50 - Publicado em 6 abr 2020, 08h44
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  • Analistas do mercado financeiro reduziram, pela oitava vez consecutiva, a previsão para a economia brasileira em 2020. O Produto Interno Bruto (PIB) de 2020 deve contrair -1,18% de acordo com o Boletim Focus divulgado nesta segunda-feira, 6, pelo Banco Central. Esta é segunda semana consecutiva em que os economistas preveem recessão econômica no país (0,48% no boletim anterior).

    Os desafios provocados pela pandemia de coronavírus e as medidas necessárias para evitar sua propagação, como o distanciamento social e fechamento de setores não essenciais — seguindo recomendação de autoridades de saúde, como a própria Organização Mundial da Saúde (OMS) –, causam impactos nas economias mundiais  já impactam a economia global e brasileiro. Na semana passada, o governo anunciou um pacote de 200 bilhões de reais que prevê a operacionalização da renda básica de 600 reais a atingidos pelo coronavírus, linha de crédito para que pequenas e médias empresas possam pagar salários e possibilidade de corte de jornada e suspensão de contratos de trabalho.

    No início do ano, os especialistas estimavam crescimento do PIB casa dos 2,3%. A recessão do PIB brasileiro não ocorre desde 2016, ano do impeachment de Dilma Rousseff, quando o PIB caiu 3,3%. Nos últimos três anos, o crescimento tem sido na casa de 1%, sendo 1,3% em 2017 e 2018 e 1,1% no ano passado.

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    Segundo os últimos dados do Ministério da Saúde divulgados no domingo, 486 pessoas já morreram no Brasil em decorrência da Covid-19, nome da doença causada pelo novo coronavírus. Ao todo, 11.130 casos foram confirmados no país.

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    Inflação

    Além da revisão para o PIB, os analistas ouvidos pelo Banco Central também reduziram as projeções para o Índice de Preços ao Consumidor Amplo, IPCA , que mede a inflação oficial no país. Com menos demanda de produtos, os preços tendem a não acelerar tanto. A previsão para o indicador saiu de 3,94% para 2,44% no ano. O valor está abaixo da meta estabelecida de 4% pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) e também abaixo da marem de erro estabelecida, que é de meio ponto porcentual para mais ou para menos.

    Economistas passaram a estimar também mais queda na taxa básica de juros, a Selic ao fim de 2020. Com isso, a projeção passa dos 3,50% para 3,25%. Em março, o Banco Central já fez um corte na Selic para tentar mitigar os danos causados pelo novo coronavírus, passando de 4,25% para 3,75%. A próxima decisão sobre a taxa de juros está marcada para o dia 6 de maio. 

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    A projeção para o dólar se manteve em 4,50 reais. Na semana passada, a moeda americana voltou a fechar a semana em forte alta, chegando na casa dos 5,32 REAIS casa dos 5 reais (a 5,10 reais). A aversão ao risco faz que investidores tirem dólares do país para colocar em papéis mais seguros, sendo esse um dos motivos para a disparada da moeda.

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