Após um rombo de 6,9 bilhões de dólares em abril, o déficit das transações correntes somou 3,3 bilhões de dólares em maio, informa o Banco Central nesta segunda-feira. A projeção do BC era de um saldo negativo bem maior, de 5,4 bilhões de dólares. O resultado também veio melhor do que o esperado por analistas de mercado. As estimativas de 12 instituições financeiras consultadas pela Agência Estado apontavam déficit entre 3,9 bilhões de dólares e 5,3 bilhões de dólares.
Com isso, os Investimentos Diretos no País (IDP, antes chamados de IED) voltaram a ser suficientes para cobrir o rombo mensal. Esses recursos trazidos por estrangeiros e que são destinados para o setor produtivo somaram 6,6 bilhões de dólares em maio.
No acumulado dos últimos 12 meses até maio deste ano, o saldo das transações correntes está negativo em 95,7 bilhões de dólares, o que representa 4,39% do Produto Interno Bruto (PIB). Nos primeiros cinco meses do ano, o rombo nas contas externas soma US$ 35,8 bilhões, ou 4,17% do PIB.
Vale lembrar que os números levam em conta a nova metodologia do BC para as estatísticas de setor externo. Com as mudanças adotadas pela instituição, a série histórica foi reduzida e há dados disponíveis somente a partir de janeiro de 2014. Anteriormente, as informações iam até 1947.
Revisão – O Banco Central também apresentou suas novas projeções para o quadro do setor externo neste ano. Segundo a instituição, haverá um rombo de 81 bilhões de dólares das transações correntes em 2015, menor do que a estimativa anterior, de déficit de 84 bilhões de dólares.
O principal fator para se chegar a esse cálculo é a estimativa para o comportamento da balança comercial no período, que foi mantida com um superávit de 3 bilhões de dólares. No caso das exportações, no entanto, a estimativa do BC passou de 210 bilhões de dólares para 200 bilhões de dólares. Já para as importações houve um recuo na expectativa de 207 bilhões de dólares para 197 bilhões de dólares em 2015.
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(Com Estadão Conteúdo)