A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) aprovou nesta terça-feira, 2, um reajuste médio de 8,66% nas tarifas da CPFL Paulista. A empresa atende 4,4 milhões consumidores em 234 municípios do interior de São Paulo.
O reajuste para os consumidores atendidos em baixa tensão será de 8,34%, em média, enquanto o aumento médio para as tarifas de consumidores atendidos em alta tensão será de 9,30%. As novas tarifas passam a valer em 8 de abril.
Segundo a Aneel, o aumento dos custos de energia influenciou o reajuste, em especial pelo aumento do valor da energia gerada por usinas operadas pelo sistema de cotas e pelo impacto da alta do dólar.
Segundo a agência, já está no índice do reajuste o pagamento dos empréstimos da chamada Conta ACR, que cobriu custos extraordinários com risco hidrológico durante a estiagem de 2014 2014, e dos ajustes em rubrica da Conta de Desenvolvimento Energético (CDE). A quitação antecipada Conta-ACR foi anunciada em março e, segundo a Aneel, iria reduzir em 3,7% o valor da conta de luz. Segundo a Agência, o índice de reajuste da CPFL ficou 5,98% menor por causa da medida.
As tarifas da Energisa Mato Grosso do Sul (EMS) também serão reajustadas a partir de 8 de abril. Os valores da concessionária subirão, em média, 12,39% para o consumidor. A EMS atende 1,022 milhão de unidades consumidoras localizadas em 74 municípios do Estado de Mato Grosso do Sul.
Para a cidade de São Paulo e região metropolitana, atendidas pela Enel Distribuição São Paulo, antiga Eletropaulo, a proposta de reajuste é de 6,32%, que passará por audiência pública. A empresa atende 7,2 milhões de unidades consumidoras em 24 municípios. A previsão é que as novas tarifas passem a valer em 4 de julho.
Bandeira verde
Ainda nesta terça-feira, a Aneel anunciou que a bandeira tarifária para o mês de abril será verde, sem custo para os consumidores. “Abril é um mês de transição entre as estações úmida e seca nas principais bacias hidrográficas do Sistema Interligado Nacional (SIN). A previsão hidrológica projetada para o mês ainda indica a tendência verificada em março, de recuperação do nível dos reservatórios”, justificou a agência em nota.
O sistema de bandeiras tarifárias sinaliza o custo real da energia gerada. O funcionamento das bandeiras tarifárias é simples: as cores verde, amarela ou vermelha (nos patamares 1 e 2) indicam se a energia custará mais ou menos em função das condições de geração.