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Como os EUA estão cada vez mais perto da recessão

As projeções indicam uma inflação de 8,7% ou 8,8% para o mês de junho, um novo recorde

Por Renan Monteiro Atualizado em 12 jul 2022, 18h56 - Publicado em 12 jul 2022, 14h37
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  • US President Joe Biden meets with Mexican President Andres Manuel Lopez Obrador in the Oval Office of the White House on July 12, 2022, in Washington, DC. - Biden is meeting with Lopez Obrador for talks on migration, security issues and economic cooperation. The visit -- Lopez Obrador's second to the White House since Biden took office last year -- also offers an opportunity for the two leaders to improve their sometimes fraught relationship. (Photo by Nicholas Kamm / AFP)
    O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden - 12/07/2022 (Nicholas Kamm/AFP)

    O nível de inflação ainda não deu trégua nos Estados Unidos. No intervalo do mês de junho, o índice de preços ao consumidor, divulgado amanhã, 13, deve seguir em alta e corroer ainda mais o poder de compra da população americana. Na prática, uma nova aceleração inflacionária levará o Federal Reserve (Banco Central dos EUA) a manter a trajetória de taxas de juros agressivas para controlar a escalada de preços. Esse movimento, então, elevaria os riscos de uma intensa recessão, incluindo de uma redução da empregabilidade.  

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    Para os consumidores, uma taxa de juros elevada significa aumento no custo do crédito e a consequente redução da demanda por bens e serviços. Para as empresas, o resultado é aumento no custo de empréstimos e, portanto, uma redução do investimento e do crescimento empresarial. A mais recente elevação dos juros foi em junho, com uma subida de 0,75 ponto porcentual, movimento inédito desde 1994. A taxa no país está no intervalo de 1,5% a 1,75%. Por contrair a economia, para aliviar a inflação, a taxa de juros acaba impulsionando ainda mais as chances de forte recessão.

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    Para Davi Lelis, economista e sócio da Valor Investimentos, com todo o cenário de instabilidade nos EUA e no globo, a recessão é certa. Resta saber “quando ela vai acontecer e com que intensidade”, avalia. O Goldman Sachs, até a segunda quinzena de junho, estimava uma probabilidade de recessão em 30% nos Estados Unidos no ano de 2023. Já o Morgan Stanley aposta em 35% para os próximos 12 meses.

    Até maio, a inflação estava em 8,6% no consolidado anual, a maior em quatro décadas. Uma pesquisa da Bloomberg estima um acúmulo de 8,8% no índice de preços ao consumidor, até o mês de junho. Já um levantamento da Reuters projeta inflação anual de 8,7%, até o último mês. 

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    Biden

    Com eleições de meio mandato em novembro e taxa de rejeição de 55,9%, segundo o compilado da empresa de pesquisas FiveThirtyEight, Biden está buscando diversas medidas de curto prazo para reduzir a escala de preços. Ao congresso dos EUA, no mês passado, o presidente demandou a suspensão por três meses do imposto nacional sobre a gasolina no país, em resposta aos preços elevados no setor de energia em território americano. Mais recentemente, o presidente estuda a possibilidade de reduzir as tarifas de 25%, levantadas na era Trump, sobre as importações chinesas. O cenário da inflação é o maior fator pesando na popularidade de Biden, que começou o governo com uma aprovação de aproximados 53%.

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    A partir do simulador de preços da Secretaria de Estatísticas Trabalhistas é possível traçar um comparativo com outros presidentes. No segundo ano do governo Trump, 10 dólares no mês de maio tinha o mesmo poder de compra de 11,62 dólares em maio de 2022. Já na comparação com o segundo ano de Obama, 10 dólares no mês de maio de 2010 tinha o mesmo poder de compra de 13,40 dólares no mesmo período deste ano.

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