A Comissão Europeia (CE) não deve abrir mão das condições já tratadas com a Grécia na injeção de 130 bilhões de euros de ajuda, disponibilizada meses atrás. Segundo disse nesta terça-feira, a equipe da comissão irá discutir com o novo governo grego as reformas necessárias para reanimar a economia, mas a Grécia pede revisão das condições estabelecidas no seu resgate.
“Nós estamos falando sobre garantir que a Grécia forme um governo e que esse governo aproprie-se complemente do programa e implemente-o a fim de colocar o país de volta no caminho”, o porta-voz da Comissão Amadeu Altafaj. Quando formado, o novo governo deve receber representantes da Troika (União Europeia, Banco Central Europeu e Fundo Monetário Internacional) para discutir como efetuar as mudanças.
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Porém, à despeito das eleições de domingo terem sido favoráveis à direita grega, que apoia os planos de austeridade, os líderes políticos da Grécia ainda não chegaram a um acordo sobre o impopular resgate externo ao país e os termos para se formar um governo de coalizão podem ser alcançados apenas no fim da semana, disse o líder de um partido moderado de esquerda nesta terça-feira.
“Ainda há algumas questões enormes sobre o programa de governo e os termos (do resgate) que a Grécia ainda precisa desembaraçar”, disse o líder do partido Esquerda Democrática, Fotis Kouvelis.
O partido de Kouvelis deve apoiar a coalizão liderada pelos conservadores da Nova Democracia, que venceram a eleição de domingo, e os socialistas. Assim, teriam maioria e poderiam discutir as reformas necessárias.
G20 – Durante a cúpula do G20 no México, os Estados Unidos haviam pedido à União Europeia e ao FMI que renegociem os termos da ajuda à Grécia para permitir que Atenas tenha mais tempo para cumprir os compromissos assumidos com o plano de socorro.
“Há muito espaço de negociação para as duas partes” e é possível discutir um novo acordo que dê mais tempo à Grécia para cumprir com suas obrigações, disse a subsecretária do Tesouro americana, Lael Brainard, em Los Cabos.
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