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FMI obtém 456 bilhões de dólares para fundo anticrise

Por Roberto Stuckert Filho
19 jun 2012, 07h08

As novas contribuições ao Fundo Monetário Internacional prometidas por seus membros já somam 456 bilhões de dólares no primeiro dia da cúpula do G20, informou a diretora-gerente do FMI, Christine Lagarde.

A dirigente do Fundo saudou as contribuições, que incluem 43 bilhões de dólares da China, 10 bilhões de dólares do Brasil e mais 10 bilhões do México.

Rússia e Índia – que integram o BRICS com Brasil, China e África do Sul – também prometeram 10 bilhões de dólares, mas os sul-africanos se limitaram a 2 bilhões de dólares.

“Países grandes e pequenos se uniram para atender o nosso apelo, e outros poderão aderir. Saúdo este compromiso com o multilateralismo que resulta em promessas de 456 bilhões de dólares, o que quase duplica nossa capacidade de empréstimo”, assinalou Christine Lagarde.

“No total, 37 países membros do Fundo, que representam cerca de três quintos das cotas da organização, se uniram a este esforço coletivo. Estes recursos estarão disponíveis para prevenção e solução de crises e para cumprir com as necessidades potenciais de financiamento de todos os membros do FMI”.

No caso específico do BRICS, a contribuição está vinculada à implementação, por parte do FMI, da reforma do organismo aprovada em novembro de 2010 e que estabelece um aumento do poder de voto de várias nações emergentes no Fundo.

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Os presidentes dos BRICS “concordaram em incrementar os recursos disponíveis para o Fundo Monetário Internacional (…) contanto que estes recursos sejam utilizados apenas depois dos atuais disponíveis”. “Além disso, todas as reformas do FMI acertadas em 2010 serão completamente implementadas a tempo, incluindo uma reforma de voto”, destaca um comunicado do grupo.

Os BRICS também analisaram a possibilidade de se criar um fundo “virtual” de reservas para fomentar um intercâmbio de moedas que dinamize suas relações comerciais e reduza o impacto da crise financeira.

“Resolvemos iniciar estudos para a criação de um fundo virtual de reservas de modo que possamos realizar ‘swaps’ entre os BRICS”, revelou o ministro brasileiro da Fazenda, Guido Mantega.

Segundo Mantega, os países do BRICS têm a capacidade de “dar mais dinamismo à economia internacional”, mas para tal é necessário que adotem medidas para “estimular” o comércio entre si.

Os Estados Unidos pediram à União Europeia e ao FMI que renegociem os termos da ajuda à Grécia para permitir que Atenas tenha mais tempo para cumprir os compromissos assumidos com o plano de socorro.

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“Há muito espaço de negociação para as duas partes” e é possível discutir um novo acordo que dê mais tempo à Grécia para cumprir com suas obrigações, disse a subsecretária do Tesouro Lael Brainard em Los Cabos.

“Esperamos ver de parte dos sócios europeus e do FMI (Fundo Monetário Internacional) o reconhecimento de que o programa da Grécia descarrilou durante um tempo em parte porque houve um prolongado processo político e ficaram sem governo”.

As eleições gerais gregas deste domingo deram a vitória ao partido conservador Nova Democracia, partidário do euro, mas por pequena margem. Como consequência, o FMI se manifestou aberto a uma renegociação dos elementos do crédito de 130 bilhões de euros concedido a Atenas.

No projeto de declaração final da cúpula, cujo rascunho foi obtido pela AFP, o G20 “se compromete a adotar as medidas necessárias para reforçar o crescimento mundial e restaurar a confiança”.

“Atuaremos conjuntamente para reforçar a recuperação e responder às tensões dos mercados financeiros (…) e os Bancos saudáveis, capazes de emprestar, são essenciais para a recuperação mundial”.

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O grupo também manifesta sua disposição de lutar contra o protecionismo “sob todas as formas” e de promover a criação de empregos no planeta.

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